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Edilidade transfere famílias para evitar catástrofe

Cerca de 500 famílias que ocuparam, ilegalmente, parcelas para construção de habitações no Monte Parapato, cidade de Angoche, serão transferidas, nos próximos dias, para novos bairros de expansão criados pelas autoridades municipais locais, num num processo visando prevenir a ocorrência de uma catástrofe que poderá advir do deslizamento de terras com impactos ambientais graves.

Américo Adamugy, edil da cidade costeira de Angoche, referiu que a edilidade foi surpreendida com a ocupação dos espaços do Monte Parapato, uma área com dimensões estimadas a quinhentos metros quadrados, onde, sem contemplação, devastaram a vegetação que constitui o verdadeiro pulmão daquela urbe. O edil ajuntou que a permanência daquelas famílias no local pode significar o rompimento, a curto prazo, dos depósitos de água que abastecem, por gravidade, daquele precioso liquido a toda extensão territorial da cidade, com cerca de 113 mil munícipes distribuídos em 32 bairros residenciais.

Segundo Américo Adamugy, consentir que o Monte Parapato seja uma área habitável pelo homem no lugar dos pássaros que espalham os seus cânticos aos habitantes, é o mesmo que propiciar o conjunto de condições para o deslizamento de terras que podem provocar o desaparecimento de infraestruturas sociais e económicas nos bairros que circundam aquele local somente autorizado para a instalação de estacões climatológicas e de antenas que permitem a troca de comunicações, sobretudo da telefonia fixa e móvel celular.

Dados em nosso poder datados da década sessenta, indicam que as autoridades administrativas locais, numa medida que visou acautelar uma eventual invasão do Monte Parapato, ordenaram a transferência de várias dezenas de famílias que viviam no bairro de Puli, o primeiro da cidade, para o de Inguri, actualmente o mais populoso. O edil de Angoche não escondeu que a ocupação do Monte Parapato, um símbolo relacionado com a descoberta da cidade, foi facilitada pelas estruturas de base que colaboram com a edilidade no processo de governação, as quais, a troco de valores monetários, distribuíram parcelas para a construção de habitação sem obedecer as regras básicas para o efeito.

O nosso inmterlocutor revelou que, para responder à procura de parcelas para a construção de infra-estruturas habitacionais e não só que se assiste actualmente, está em curso um processo de distribuição de talhões aos interessados que submeteram à edilidade os pedidos inerentes. Duas novas áreas residenciais foram, para o efeito, concebidas no bairro da Horta e Johar, onde já estão criadas condições para o fornecimento de energia eléctrica e canalização de agua da rede urbana.

Angoche tem assegurado o consumo de energia eléctrica da rede nacional produzida na Hidroeléctrica de Cahora Bassa e do abastecimento de água do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG), que opera naquele ponto turístico há cerca de um ano.

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