Um total de 12 mil crianças em diversas partes do país foram reintegradas nas suas famílias desde 2004, ano em que teve lugar o 2º Parlamento Infantil em Moçambique, a esta parte.
Neste mesmo período, outras quatro mil crianças foram integradas em famílias substitutas. Dados tornados públicos, Terça-feira, na sequência da realização, em Maputo, do 3º parlamento infantil indicam, por outro lado, que para o atendimento das crianças desfavorecidas foram construídos, a escala nacional, mais 55 centros de acolhimento, elevando o número total para 160.
Os centros atendem 30 mil crianças que beneficiam de assistência, educação, formação profissional, alimentação, cuidados de saúde, entre outros.
Segundo o Ministério da Mulher e da Acção Social, apesar das acções realizadas para a reintegração de crianças, ainda existem famílias que não assumem as suas responsabilidades em relação as crianças.
A ausência de responsabilidade resulta na existência de petizes que ainda vivem nas ruas, principalmente nas cidades, daí a necessidade de se continuar a sensibilizar toda a sociedade, ao mesmo tempo que se toma medidas necessárias para que as famílias cuidem das suas crianças.
A questão do melhoramento do atendimento a criança da rua, incluindo o seu acesso a educação, foi uma das quatro principais recomendações saídas do II parlamento Infantil em Moçambique.
Através da resolução 2/2004, de 20 de Abril, o II parlamento infantil recomenda ainda ao governo e a sociedade civil para que continuem a realizar esforços para eliminar o analfabetismo e assegurar o acesso das raparigas a educação, em todo o país.
A criação e desenvolvimento de bibliotecas escolares e de centros de diversão para crianças; bem como a necessidade de se alargar a rede dos gabinetes de testagem voluntária do HIV/SIDA a todos os 128 distritos do país são outras recomendações do encontro.