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Dono do Cristal em Maputo agride e discrimina empregado

José dos Santos, dono do restaurante e pastelaria Cristal, na capital moçambicana, é acusado pelo seu empregado, Paulo Marquel, de 24 anos de idade, de discriminação racial e de agressão física. A vítima assegurou ao @Verdade que o seu patrão lhe agrediu fisicamente e lhe chamou de “preto”. Contudo, o visado refuta as acusações.

Paulo Marquel, residente no bairro triunfo, na cidade de Maputo, contou que na noite do dia 12 de Maio corrente participou num encontro familiar no centro da urbe e não pôde regressar à casa por falta de transporte. Ele optou por pernoitar no seu posto de trabalho uma vez que as portas ainda estavam abertas. Todavia, na madrugada do dia 13, Paulo foi algemado pelos guardas e quando procurou saber o que se passava o seu patrão proferiu insultos enquanto lhe violentava fisicamente.

O jovem foi encaminhado para a 2ª esquadra da Policia da República de Moçambique (PRM) acusado de roubo. Volvidas algumas horas, a corporação restitui o cidadão à liberdade por ausência de provas em relação ao alegado crime de que era acusado.

Depois desse episódio, o ofendido procurou o patronato para pedir explicações mas foi enxovalhado e os seguranças do Cristal tinham ordens claras para impedirem a entrada de Paulo nas instalações. Como alternativa, Paulo contactou novamente a 2ª esquadra, na segunda-feira (19), para remeter uma queixa contra José dos Santos. Este negou todas as acusações e a corporação encerou o processo e sugeriu que Paulo devia se dirigir ao Ministério do Trabalho.

O @Verdade contactou o restaurante Cristal para ouvir José dos Santos mas este recebeu-nos aos gritos. Dos Santos, não se deu tempo para responder às nossas perguntas uma vez que, como um búfalo ferido, “zanzava” de um lado para o outro e sem parar de vociferar.

“Acham que isso (referia-se à agressão e discriminação de que Paulo se queixa) é matéria susceptível de investigação? Vocês defendem ladrões e bêbados? Vou fazer um inventário para saberem o que Paulo Marquel fez desaparecer na empresa. Ninguém foi agredido nem insultado”, disse o acusado e não chegou de apresentar a tal lista dos bens supostamente roubados.

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