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Doentes afluem ao TARV em Nampula

O distrito de Murrupula, em Nampula, um dos que apresentam taxas elevadas de seroprevalência na província, com cerca de Quinhentos casos novos nos últimos três anos, está a registar uma afluência significativa nas suas unidades sanitárias para tratamento antiretroviral de pessoas vivendo com o sindroma de imunodeficiência adquirida (SIDA).

 

 

O facto, tornado público por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra o Sida, constitui um desafio para o sector da saúde no sentido de intensificar as acções de sensibilização às comunidades para o não abandono do TARV, segundo o médico-chefe distrital, Ismael Xicamane.

A localização de Murrupula no corredor rodoviário que liga o norte ao centro e sul do país, constitui um desafio para as autoridades governamentais, particularmente da Saúde no sentido de sensibilizar as comunidades a observar todos os cuidados em relação à saúde sexual e reprodutiva, que é uma forma de contribuir para a redução de doenças sexualmente transmissíveis, incluíndo o HIV-SIDA.

Para as cerimónias do Primeiro de Dezembro ontem assinaladas no país, jovens idos de diferentes pontos de Murrupula pedalaram de bicicleta por todo o distrito, num gesto que visava despertar a atenção da sociedade, em geral, e aos jovens sobre o perigo que o HIV-SIDA constitui para a saúde e para crescimento da economia do país.

A volta de bicicleta ao distrito de Murrupula é vista com muita expectativa pelas autoridades sanitárias que anseiam resultados que se traduzam, sobretudo, na sensibilização das raparigas que depois de engravidarem numa altura em que já se encontram infectadas com o HIV-SIDA e a fazer o tratamento para a prevenção contra a transmissão vertical, deixam de levar os seus bebés às consultas regulares.

O nosso informador referiu que essa atitude irresponsável dificulta a tomada de medidas visando a correcção de doenças oportunistas que podem afectar os bebés, comprometendo, deste modo, o futuro de uma geração.

Ainda no quadro das celebrações da efeméride, foram promovidas jornadas de saúde, em que os participantes tiveram ocasião de fazer o teste do HIV/ SIDA, malária e medição de tensão arterial. Para além da realização de palestras para explicar os cuidados básicos a observar em relação às doenças que maior índice de mortalidade causa no seio das comunidades e matérias ligadas à nutrição.

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