A dívida pública moçambicana em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) melhorou em 44%, entre 2004 e 2008, devido ao incremento substancial nos níveis da produção global durante aquele período.
Ela passou de 4,8 biliões de dólares, em 2004, para 3,6 biliões de dólares, em 2008, “melhorando assim todos os indicadores de sustentabilidade da dívida pública”, segundo Manuel Chang, ministro das Finanças.
Negociações realizadas pelo Governo com os seus parceiros externos de cooperação, no âmbito das iniciativas HIPC (Países Pobres Altamente Endividados) e MDRI (Iniciativa para o Alívio da Dívida Multilateral) são apontadas por Chang como tendo contribuído para a sua redução.
Entretanto, está em elaboração uma estratégia sobre a dívida pública visando minimizar os custos e riscos de endividamento e analisar o quadro da sua sustentabilidade com vista à projecção de futuros endividamentos, assegurando, contudo, a sustentabilidade da dívida a longo prazo.
Esta acção surge depois de o Governo ter decidido tirar proveito do espaço fiscal oferecido pelos rácios de sustentabilidade da dívida para contratar, de forma prudente e para construção de infraestruturas viáveis e com elevado nível de retorno, dívida não concessional para reforço da capacidade de financiamento do défice orçamental.
O seu recurso projectará, segundo ainda o ministro das Finanças, a imagem de Moçambique nos mercados financeiros externos “tornando o nosso país mais competitivo na atracção de investimentos privados”.
