A Polícia da República de Moçambique (PRM), deteve nove indivíduos, no distrito de Nhamatanda, província central de Sofala, indiciadas de venda ilegal de medicamentos nos mercados informais de Tica, Lamego e Xiluvo.
Os indivíduos em referência, que viram os seus produtos (fármacos) apreendidos, foram detidos no decurso de uma operação levada a cabo por uma equipa multi-sectorial constituída por elementos da saúde e da polícia.
Albertino Mualinque, director distrital da Saúde, Mulher e da Acção Social de Nhamatanda, citado na edição da terça-feira, do “Diário de Moçambique”, disse que o sector recebeu denúncias de cidadãos sobre a venda ilegal de medicamentos nos referidos mercados, e a partir de Fevereiro último foi realizado um trabalho de inspecção, que culminou com a apreensão dos fármacos e detenção de um grupo de nove pessoas.
Segundo Mualinque, entre os medicamentos ora apreendidos alguns eram exclusivos do Sistema Nacional de Saúde, tais como psico-fármacos, os de tratamento anti-retroviral, de tuberculose e malária, redes mosquiteiras específicas para mulheres grávidas, entre outros.
Os medicamentos foram incinerados no sábado porque se encontravam em más condições de conservação e outros fora de prazo. As autoridades calculam em 187.830 meticais o valor dos fármacos, segundo deu a conhecer Albertino Mualinque.
“Há roubo de medicamentos no Sistema Nacional da Saúde, deve haver uma rede que está a desviar medicamentos para o mercado informal, o que prejudica o Estado que gasta avultadas somas para adquirir estes produtos” disse Mualinque.
A fonte sublinhou que este cenário preocupa o sector porque os medicamentos vendidos nos mercados informais perigam a vida da população, pois são mal conservados e as pessoas que vendem não são especialistas na administração de medicamentos.
Em Junho do ano passado, houve igualmente detenções em Nhamatanda em conexão com a venda ilegal de comprimidos. Em Agosto também foi detido um grupo de estagiários da saúde que se dedicava ao roubo de medicamentos que foram julgados e condenados.
Para o caso deste ano, o Tribunal Judicial do distrito de Nhamatanda já abriu um processo criminal para que os nove detidos sejam presente em juízo para respondem pelos seus actos.