Um total de 46 professores “fantasmas” foram identificados em Manica, depois de terem auferido salários provenientes dos cofres do Estado em três distritos daquela província do Centro de Moçambique.
A situação do pagamento de professores “fantasmas” é descrita como sendo persistente em Manica. Tal “fenómeno” determinou a ocorrência de um rombo financeiro naquela parcela do país, em 2009, tendo sido responsabilizados os autores.
Em Manica, o pagamento de salários a funcionários inexistentes e falsos é mais evidente no sector da Educação e Cultura, onde, desde o ano passado, decorre uma triagem visando apurar o verdadeiro número de funcionários.
A governadora de Manica, Ana Comoane, é citada pelo jornal “Diário de Moçambique” a revelar que deste trabalho, iniciado em 2010, foi possível apurar o referido número de “professores”, entre os quais “figuram nomes de pessoas que já não fazem parte do mundo dos vivos e professores falsos”.
Comoane assegurou que esta acção de triagem vai continuar e pretende-se que seja alargada a todos os distritos de Manica, para que a província se sinta livre deste tipo de situações que lesam o Estado.
Calcula-se que o rombo financeiro, registado em 2009, tenha atingido um milhão de meticais (um pouco mais de 32 mil dólares americanos), o que levou a detenção não só de funcionários do sector, como também das Finanças e a despromoção de outros funcionários da Direcção Provincial da Educação e Cultura.
O trabalho, ora em curso, visa, efectivamente, aferir o efectivo verdadeiro da Educação e Cultura, em Manica, para acabar, por completo, com o pagamento a funcionários falecidos e falsos, o que, segundo a chefe do executivo provincial, ainda está a verificar-se neste sector.
O pagamento de ordenados através das contas salariais e a descentralização de fundos são apontados como sendo uma forma combinada que poderá acabar com este mal, que se evidencia na Educação e Cultura naquela região do país.