Os exames de admissão para o ingresso nos diversos cursos de licenciatura ministrados na Universidade Pedagógica (UP), a segunda maior em Moçambique, iniciaram Terçafeira, à escala nacional, tendo sido marcados por dificuldades de organização, em Maputo, capital moçambicana.
O embaraço deveu-se ao elevado número de candidatos para o acesso à UP que acabou afectando o sistema de organização interno, pondo em causa o espaço físico para acomodar os concorrentes. Refira-se que são no total 36.500 candidatos que concorrem para o seu ingresso nesta instituição do ensino superior, contra 25 mil registados no ano passado.
Os candidatos disputam perto de oito mil vagas abertas para todos os turnos, na sede e nas nove delegações provinciais. Para sanar o problema, a instituição viu-se obrigada a alocar os estudantes pelas diferentes instituições de Ensino Secundário da capital, segundo afirma o chefe da Comissão dos Exames de Admissão na UP, Gil Mavanga, citado pelo matutino “Notícias”.
Outro problema prende-se com o facto de alguns nomes dos concorrentes não constarem das listas afixadas, para além de ter havido troca de cursos e de casos de estudantes que acabaram não tendo acesso às salas de exames (cerca de cem estudantes nesta condição), uma situação que Mavanga responsabiliza aos próprios estudantes. No primeiro dia dos exames, houve estudantes que faltando alguns minutos para a realização do exame ainda consultavam as listas nas vitrinas, altura em que deveriam estar a realizar o exame. “Estas situações confundem o sistema. Há alunos que disseram que os seus nomes não saíram, mas o que aconteceu é que não consultaram as listas atempadamente e temos muitos candidatos”, disse Mavanga.
A UP é uma Universidade pública moçambicana que tem como principal missão formar professores e quadros da educação com nível superior, tendo como sede na cidade de Maputo e suas delegações nas restantes províncias do País.
