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Comité ministerial da SADC reúne em Maputo

Os ministros dos negócios estrangeiros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reunirse- ão quinta-feira, em Maputo, em sessão do Comité Ministerial para os Assuntos Políticos, para preparar a posição do bloco regional em relação as matérias a serem levadas a Cimeira da União Africana (UA) a ter lugar em Addis Abeba, Etiópia.

O Secretário Executivo da SADC, o moçambicano Tomaz Salomão, que falava hoje em conferência de imprensa, disse que a reunião do comité ministerial tem, entre vários objectivos, preparar as matérias relativas a presidência rotativa da UA que, este ano será ocupada por um líder da região. A SADC, segundo Salomão, decidiu na cimeira regional de Kinshasa, RDCongo, apoiar a candidatura do Presidente Bingu wa Mutharika.

O secretário executivo disse haver uma posição comum entre os países membros da SADC, apesar dos mais recentes envolvimentos políticos nas relações entre Moçambique e Malawi. Aliás, Salomão disse que aquando da tomada desta decisão pelos países do bloco o secretariado não recebeu nenhuma indicação de mudanças da parte de Moçambique.

A SADC, sublinhou Tomaz Salomão, deve manter um denominador comum daí que Moçambique, no seu entender, nada fará que periga a decisão tomada por todos os Estados membros do bloco regional. Refira-se que as autoridades malawianas ficaram muito enfurecidas em Novembro, quando Moçambique se retirou do projecto que preconiza a abertura de um canal de navegação ao longo dos Rios Shire e Zambeze indo desaguar no Oceano Indico. A implementação do projecto dependia, segundo o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, do resultado do estudo de impacto ambiental cujos prazos não foram respeitados.

As relações políticas entre Moçambique e o Malawi registaram novas crispações quando agentes da polícia daquele país vandalizaram e incendiaram, em Agosto de 2009, um posto policial do lado moçambicano. As falsas alegações de que a falta de combustível naquele país se devia ao congestionamento nos portos da Beira e Nacala só agravaram a situação ainda mais.

Todavia, o secretário executivo acredita que estes problemas são meramente conjunturais e podem ser ultrapassados a nível bilateral, porque, segundo afirma “o Malawi precisa de Moçambique, assim como Moçambique precisa do Malawi”. Aliás, o ministro dos negócios estrangeiros daquele país não tinha, até ao início da tarde, confirmado a sua presença, mas mesmo ausente existe em Maputo a respectiva embaixada que pode muito bem representar o país.

Tomaz Salomão enalteceu, em geral, o clima de paz e estabilidade que reinam na região a avaliar pela atmosfera que marcou a realização (2009) de eleições presidenciais em seis dos 15 Estados Membros. Os ministros dos negócios estrangeiros vão discutir igualmente os relatórios sobre a situação política na região a serem submetidos a União Africana, as relações da SADC com outras instituições e organismos do continente.

O Plano de Acção adoptado na Cimeira Europa-Africa, realizada em 2007, em Portugal, será igualmente discutido com o propósito único de avaliar o nível de progressos até então concretizados nesse domínio no que tange ao impacto dos programas que o continente está a implementar.

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