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Desaparece embarcação da PESCAMAR na costa moçambicana

O Ministério moçambicano das Pescas anunciou, domingo, o desaparecimento de uma embarcação da empresa PESCAMAR que deixou de emitir qualquer sinal de comunicação desde a Segunda-feira da semana passada.

Na altura do seu desaparecimento, esta embarcação transportava a bordo 24 tripulantes. Segundo um comunicado de imprensa do Ministério das Pescas datado de 31 de Dezembro, recebido pela AIM, esta embarcação encontrava-se em exercício das suas actividades normais ao largo de Bazaruto, província de Inhambane, Sul do país.

“O Governo tomou conta da situação desde o momento que se tornou evidente que a falta de comunicação poderia colocar em risco as vidas dos 24 tripulantes da embarcação”, indica a fonte.

Actualmente, estão em curso acções visando localizar a embarcação e a sua respectiva tripulação ao mesmo tempo que o Governo e a PESCAMAR estão a trabalhar no sentido de esclarecer este caso.

Num contacto telefónico estabelecido hoje com a AIM, o vice ministro das pescas, Gabriel Muthisse, disse que o barco desaparecido foi baptizado com o nome de “VEGA 5”.

Enquanto isso, a Força Naval da União Europeia (UE) para a Somália (EUNAVFOR) confirmou este Sábado o rapto de um barco moçambicano de pesca por um grupo de piratas somalis.

Tudo indica que se trata da mesma embarcação reclamada pela PESCAMAR, pois o barco de pesca identificado pela EUNAVFOR também possui o mesmo nome, ou seja “VEGA 5”. Questionado pela AIM sobre as alegações da EUNAVFOR, Muthisse disse não estar em condições de confirmar a notícia.

“Nós sabemos que o barco desapareceu a 27 de Dezembro. Agora, não posso confirmar a veracidade da notícia da EUNAVFOR. Ainda estamos a investigar o caso”, disse Muthisse.

Contudo, o comunicado de imprensa da EUNAVFOR confirma o rapto do navio baptizado com o nome de VEGA 5 reportado como desaparecido pelas autoridades moçambicanas. De acordo com o comunicado da EUNAVFOR publicado no seu portal da Internet, o barco foi identificado nas águas do Oceano Índico na zona entre Moçambique e Madagáscar.

Na Sexta-feira passada, este navio foi visto por uma unidade da EUNAVFOR perto da costa moçambicana, cerca de 200 milhas náuticas sudeste das Ilhas das Comores, navegando em direcção ao Norte de Africa.

“O navio estava a rebocar algo que parecia um barco de piratas e não respondeu a nenhuma chamada. Não houve nenhuma outra comunicação com o navio”, escreve o comando da UE. O único dado contraditório entre as duas fontes de informação é referente ao número de tripulantes que seguiam na embarcação.

Enquanto as autoridades moçambicanas falam de 24 membros da tripulação, a EUNAVFOR faz referência a 14 tripulantes cuja nacionalidade ainda falta apurar.

A principal missão da EUNAVFOR Somália é de escoltar navios mercantes que transportam ajuda humanitária do Programa Mundial da Alimentação (PMA) e navios da Missão da União Africana naquele país em crise.

Igualmente, esta missão protege navios vulneráveis no Golfo de Aden e no Oceano Indico bem como procura impedir e prevenir a ocorrência de actos de pirataria nas águas do Oceano Índico.

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