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Desaceleração da inflação

A inflação acumulada desacelerou pela primeira vez no presente ano para 3,31 por cento, cifra muito inferior a 10,25 por cento registado no mesmo período de 2010.

Dados reportados em Junho de 2011 e tornados públicos, Quarta-feira, em Maputo, pelo Banco de Moçambique, o banco emissor, referem ainda que a inflação media anual também desacelerou pelo segundo mês consecutivo, fixando-se em 14,75 por cento.

O Porta-voz e um dos administradores do Banco de Moçambique, Waldemar de Sousa, disse, em conferência de imprensa sobre preços e conjuntura económica, que a tendência de desaceleração mensal do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), em Junho último, foi movida pela maior oferta de produtos frescos, típicos da época, em conjugação com a actual apreciação do Metical, a moeda nacional, face ao dólar norte-americano, que resulta na queda dos preços de bens de consumo importados pelo país.

Este mesmo pormenor resultou ainda do efeito da coordenação das políticas monetária e fiscal; e do resultado das medidas do Governo visando atenuar o custo de vida (subsídios).

Quanto a taxas de câmbio, o Banco de Moçambique indica que, em Junho passado, o Metical se valorizou em 3,67 por cento em relação ao dólar EUA (USD), ao passar de 29,73 meticais para 28,64 meticais o dólar, resultando numa apreciação acumulada de 12,76 por cento.

Para Waldemar de Sousa, a continua apreciação do Metical face ao USD pode estar a reflectir vários factores, nomeadamente a maior disponibilidade de divisas no mercado favorecida pelo endividamento externo que atingiu no primeiro semestre cerca de 900 milhões de dólares; maior capitalização com recursos externos de bancos e de grandes empresas de investimento directo estrangeiro, e a entrada de fundos de ajuda externa.

Neste último factor, o Banco de Moçambique refere que, até Junho de 2011, o montante desembolsado foi de 313,7 milhões de dólares, contra a previsão de 279 milhões de USD.

O impacto da disponibilização de divisas para a cobertura de cem por cento da factura de combustíveis pelo Banco de Moçambique, permitindo dotar os bancos comerciais de mais recursos em moeda estrangeira para a venda a sua clientela, também engrossa, entre outros, os vários factores que devem estar por detrás da apreciação da moeda moçambicana.

Quanto as reservas externas, o banco emissor refere que dados preliminares reportados a Junho de 2011 apontam para um saldo de 2.095,2 milhões de USD, o equivalente a 4,5 meses de cobertura de importações de bens e serviços não factoriais.

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