Saudações, Jornal @Verdade. Somos estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Políticas, na Universidade Católica de Moçambique, na Delegação de Quelimane. Gostaríamos, através do vosso meio de comunicação, de expor uma inquietação relacionada com a demora na emissão de certificados de habilitações literárias.
Terminámos a formação no ano passado. Desde essa altura, requeremos os nossos certificados mas não estão a ser emitidos. Quando pedimos explicações à direcção da Universidade Católica de Moçambique não obtivemos uma resposta satisfatória.
Outro problema que nos preocupa tem a ver com a cobrança de uma taxa de 9.900 meticais, pela instituição, para o estudante participar na cerimónia de graduação agendada para daqui a um mês.
Esse período é curto e dificilmente iremos conseguir dinheiro, uma vez que dependemos dos nossos pais e encarregados de educação, que não foram antecipadamente informados sobre o pagamento do referido valor.
Pedimos à direcção da faculdade para rever essa situação, pois estamos a ser prejudicados. Não podemos procurar emprego por falta de certificados de habilitações literárias. E corremos o risco de não participar na cerimónia de graduação por falta do dinheiro exigido, apesar de que esse é o desejo de todos os estudantes universitário no fim do curso.
Para além disso, os cursantes de Contabilidade e Auditoria, Economia e Gestão e Gestão Empresarial deviam ter realizado uma simulação empresarial, segundo a promessa feita pela Faculdade de Ciências Sociais e Políticas, porém, isso não aconteceu porque não houve supervisão de nenhum docente conforme estabelece o regulamento académico.
Resposta
Sobre este assunto, o @verdade contactou o director da Faculdade de Ciências Sociais e Políticas na Universidade Católica de Moçambique em Quelimane, Armando Tambo. Este negou as acusações e explicou que os estudantes que nos contactaram não desembolsaram as taxas para a obtenção do documento que atesta que passaram por uma formação académica.
Segundo o nosso entrevistado, os 9.900 meticais cobrados estão previstos no regulamento interno e que pode ser adquirido no registo académico. Todo o estudante deve pagar esse valor que lhe permite levantar o certificado após a conclusão do curso e estágio. Um número considerável de documentos que são reclamados pelos formandos encontra-se na direcção daquela faculdade, aguardando pelos respectivos donos, disse Tambo.
Num outro desenvolvimento, o dirigente frisou que, desde o ano passado, o seu estabelecimento realiza encontros com os estudantes que se queixam de problemas semelhantes aos que estiveram na origem deste Livro de Reclamações, mas nunca houve entendimento.
“Esta é uma instituição de ensino, tem normas que devem ser cumpridas por todos os estudantes que por aqui passam. Se alguém diz que não tem condições para levantar o seu certificado, que deixe, nós vamos cuidar do mesmo até que arranje (o dono) o valor para o efeito”, conclui Tambo.
