O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, promete continuar a sua campanha eleitoral apesar da exclusão do seu partido de concorrer às legislativas em nove do 13 círculos eleitorais do país. Simango fez esta promessa no seu discurso depois da apresentação do posicionamento do MDM em relação ao acórdão do Conselho Constitucional (CC), na quarta-feira, em Maputo.
“Estamos neste momento a viver as manobras de manipulação e de mentira grosseira. Não nos deixemos intimidar, por isso convidamos todos os moçambicanos a intensificar a nossa campanha eleitoral, com a mesma energia e determinação que vem decorrendo em várias localidades para a Presidência da República”, referiu.
Simango, que também é edil da Beira, apelou a todos os moçambicanos a afluírem em massa à votação para decidirem o futuro do país. “Vamos votar em Daviz Simango para Presidente da República de Moçambique que é a única esperança para a salvação da democracia e liberdade em Moçambique. Esta é a única forma de todos fazermos justiça à injustiça da CNE e do CC, pois estes dois órgãos provaram-nos que a lei não é para ser cumprida”, defendeu. Para Simango, os moçambicanos têm duas escolhas a fazer no dia 28:
“um Moçambique para todos, defendido pelo MDM, ou um Moçambique de exclusão, que significa Moçambique apenas para alguns”. Simango sublinhou que “a escolha é simples, mas responsável. Temos que defender o nosso futuro e dos nossos filhos”.
Daviz Simango defendeu que o processo eleitoral iniciou com ‘sérios vícios’ desde o recenseamento, tendo resultado na ‘exclusão massiva’ de partidos políticas, incluindo o MDM. Face a circunstancias ‘pouco claras’ da exclusão do MDM, Simango diz que tem ‘reservas’ quanto a transparência do processo eleitoral no país e vai formalizar o seu sentimento junto à União Africana e Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, organismos de que Moçambique faz parte.
