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Cruz Vermelha reconhece existência de fotos de Khaled Sheikh Mohammed

A Cruz Vermelha reconheceu esta quinta-feira, ao ser consultada pela AFP, a existência de fotos de Khalid Sheikh Mohammed – o homem considerado um dos cérebros dos atentados de 11 de setembro de 2001 -, que foram enviadas a sua família e que não deveriam ser divulgadas.

Nas imagens, Khaled Sheikh Mohammed ostenta uma longa barba grisalha e está vestido com o Irham, uma grande tecido branco ritual que cobre os cabelos e a parte de cima do corpo. Essa fotos possuem uma forte semelhança com algumas imagens de propaganda de Osama Bin Laden. Elas foram divulgadas no início de setembro em sites islamitas e se espalharam rapidamente pela internet.

Autoridades do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foram autorizadas em diversas oportunidades a visitar os detentos da base norte-americana de Guantánamo (Cuba). Seguindo uma prática habitual, fotos de detentos foram tiradas para serem transmitidas as suas famílias, declarou à AFP uma porta-voz da organização humanitária com sede em Genebra.

“Essas fotos foram feitas no mesmo espírito que as das mensagens da Cruz Vermelha de prisioneiros para seus parentes”, explicou. “As visitas do CICV dão às pessoas na prisão a oportunidade de restabelecer e manter vínculos com suas famílias”, conforme as atribuições da organização estabelecida pelas Convenções de Genebra. “Não temos comentários a fazer sobre o que aconteceu com essas fotos depois de terem sido entregues às famílias”, acrescentou a porta-voz.

Após a prisão de Khaled Sheikh Mohammed, em 2003, os norte-americanos divulgaram uma foto do terrorista em piores condições: de camiseta regata, com a barba por fazer e um semblante amedrontado. O presidente norte-americano Barack Obama ordenou o fechamento do centro de detenção de Guantánamo, mas o destino de dezenas de detentos, dentre os quais o de Khaled Sheikh Mohammed, permanece indefinido.

O CICV, que tem como uma de suas missões assegurar que os presos durante conflitos armados sejam tratados humanamente, é a única organização autorizada por Washington a visitar os prisioneiros de Guantánamo.

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