Pelo menos oito pessoas morreram no primeiro semestre deste ano, no distrito de Guro, província central de Manica, vítimas de mordeduras de crocodilos e cobras.
De Janeiro a Junho deste ano, o distrito registou cinco óbitos por picadas de cobras e três vítimas mortais de ataques de crocodilos, para além de outras 27 que ficaram gravemente feridas. Segundo a administradora do distrito, Deolinda Bengula, os casos de mordeduras de cobras tendem a aumentar, facto que preocupa não só a população como também o governo local, que tanto faz para inverter o cenário.
Este cenário tende a criar insegurança nas comunidades que diariamente vêem seus elementos com obrigação de percorrer matas para as machambas e pastagem de gado a serem vítimas destes répteis. A administradora, citada no domingo pelo “Diário de Moçambique”, sustentou que o surgimento massivo de cobras deve-se às queimadas descontroladas, facto que se agrava porque as populações estão a matar os animais que se alimentam de cobras, tornando a zona vulnerável.
A fonte disse que a população de crocodilos aumenta porque o distrito é atravessado pelos rios Luenda e Zambeze, para além da estiagem que assola o local. Bengula disse que estão em curso acções visando inverter o cenário, do qual consta a sensibilização da população de modo a não caçar a espécie de animais que se alimenta de cobras porque reduzem o risco de as cobras atacarem o homem.