Os manifestantes em apoio a decisão do candidato a presidente do Afeganistão Abdullah Abdullah de deixar o processo eleitoral reuniram-se em diversas cidades, este domingo (22), no meio da crescente tensão que envolve as acusações de fraude massiva na votação.
Abdullah ignorou até o momento os pedidos das Nações Unidas e do governo afegão para retornar ao processo eleitoral, depois de retirar a sua candidatura no início da semana declarando que qualquer resultado seria ilegal.
O segundo dia de protestos ocorreram apesar dos pedidos de calma das autoridades afegãs e das Nações Unidas, intensificando preocupações de uma luta pelo poder entre linhas étnicas e lançando dúvidas sobre a tentativa do Afeganistão de transferir o poder democraticamente pela primeira vez na sua história.
As eleições ocorrem enquanto a maioria das tropas estrangeiras planeiam deixar o Afeganistão até o final do ano. Abdullah pede uma investigação sobre fraude eleitoral e a demissão do chefe da Comissão Eleitoral Independente (CEI) Zia-ul-Haq Amarkhil.
Várias centenas de seus partidários protestaram em frente ao palácio presidencial, enquanto outros reuniram-se e interromperam o tráfego pelo segundo dia consecutivo na principal estrada que leva ao aeroporto internacional.