A Coreia do Sul concederá um pacote financeiro no valor de 18 milhões de dólares americanos destinados a financiar a construção e equipamento de escolas técnico-profissionais nas províncias de Zambézia (centro) e em Nampula e Niassa (norte).
O acordo está em estreita consonância com um dos maiores objectivos do governo que reside no Reforço da Educação Técnico-Profissional, sobretudo nesta era em que o subsistema assume um papel de relevo, mercê das recentes descobertas que o país está a fazer no domínio dos recursos minerais.
Para a sua concretização, os governos de Moçambique e da Coreia assinaram, esta Quinta-feira (12), em Maputo, um Acordo de Empréstimo para a Área da Formação Profissional.
O acordo em referência foi rubricado pelo Ministro da Finanças, Manuel Chang, e o vice-Presidente do “Exim Bank” da Coreia, Byun Sang Wan.
Na mesma ocasião, os dois governos rubricaram igualmente um memorando de entendimento e um Acordo para a Importação das Experiências da Coreia.
Os três acordos, testemunhados pelo Primeiro-Ministro, Aires Ali, e o homólogo coreano, Kim Hwang-Sik, de visita ao país desde quarta-feira, surgem no âmbito das negociações entre as duas delegações, que versaram sobre os aspectos económicos e sociais.
O memorando, cujo tempo de vigência não especificado, foi assinado pelo Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, e pelo homólogo coreano Lew Ilwang Chool. O último acordo foi rubricado pelo Vice- Ministro dos Recursos Minerais, Abdul Razak, e o homólogo Moon Jaedo.
Manuel Chang, que apresentou uma resenha das negociações havidas na manhã de hoje, disse que o primeiro acordo se reveste de extrema importância tendo em conta a área para a qual se destina.
“Nos consideramos o acordo importante, tendo em conta o facto de estar para financiar um sector também importante que é a educação e a nível da própria educação estar a financiar a componente da formação técnica profissional”, disse o Chang.
O titular da pasta das finanças disse, por outro lado, que o mesmo foi negociado em 2011 e o actual estágio da assinatura do acordo resulta das negociações havidas no ano transacto.
Entretanto, sempre que acordos são rubricados, segundo Chang, o que tem de acontecer é que o documento deve ser submetido ao Conselho de Ministros e depois a obtenção duma opinião legal pela Procuradoria da República, para a sua entrada em efectividade.
“Entrando em efectividade iniciam os desembolsos e o tempo médio deve ser, penso eu, até 60 dias. Do nosso lado, tudo faremos para que este tempo seja reduzido, porque estamos mais interessados na consumação deste projecto”, explicou o ministro.
Quanto ao memorando, o primeiro de género, ele disse que visa cimentar o relacionamento entre os dois países, desde a troca de informação, assistência técnica e mesmo em relação as acções conducentes as actividades de terreno.
Em relação ao terceiro e último acordo assinado entre os dois países, a fonte disse que o seu objectivo fundamental é colher as experiências da Coreia.
“Sabemos que a Coreia é um país que teve sucessos na implementação de várias reformas e a sua história mostra que, há 50 anos, estava pior que nós hoje, mas as reformas levaram ao estágio de desenvolvimento em que o país que está”, disse o ministro.
Desta feita, estando o país na fase de implementação de diversas reformas, é, segundo Chang, de total interesse de Moçambique alcançar aquilo que é o desenvolvimento que esses países alcançaram e o desejo é assegurar mais informação, troca de conhecimento e estudar melhor o processo trilhado pela Coreia.
Em relação a área de hidrocarbonetos, uma vez que o terceiro acordo foi assinado pelo vice-ministro dos recursos minerais, Chang disse haver empresas coreanas no terreno a trabalhar a nível do sector e o país está interessado, mas tudo inicia neste processo e contactos havidos entre as partes.
O interesse de Moçambique, segundo o ministro, é atrair investimento para este sector que é também importante para o país neste momento.