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Coreia do Norte desloca mísseis e os mercados do Sul sofrem impacto

A Coreia do Norte posicionou dois mísseis de alcance intermediário sobre lançadores móveis, e os escondeu na costa leste do país, numa manobra que pode ameaçar o Japão e bases dos EUA no Pacífico, disse a imprensa sul-coreana, esta Sexta-feira (5).

A informação não pôde ser confirmada. Mas tal manobra pode se destinar a demonstrar que o Norte, irritado com os exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul e com a imposição de sanções da ONU, está preparado para demonstrar a sua capacidade de realizar um ataque.

O Norte diz que uma guerra nuclear pode estourar a qualquer momento na península coreana, onde as tensões agravaram-se substancialmente no último mês. Os mercados financeiros sul-coreanos estão a ressentir-se da situação, e as autoridades financeiras em Seul alertam para impactos de longo prazo.

Mas alguns analistas dizem que a retórica agressiva adoptada nas últimas semanas por Pyongyang provavelmente destina-se a assegurar concessões, e dificilmente levará a um conflito armado.

Uma fonte militar sul-coreana de alto escalão disse à agência de notícias local Yonhap que “no começo desta semana o Norte movimentou dois mísseis Musudan sobre o comboio e instalou-os sobre lançadores móveis”.

Houve relatos não confirmados na imprensa, Quinta-feira, de que o Norte levou mísseis para a sua costa leste, mas não ficou claro que tipo de mísseis foi mobilizado. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul não quis se manifestar.

As especulações concentram-se em dois tipos de mísseis, que aparentemente nunca foram testados. Um deles é o chamado Musudan, que o Ministério da Defesa da Coreia do Sul estima ter um alcance de até 3.000 quilómetros. O outro é o KN-08, supostamente um míssil balístico intercontinental.

Mercados abalados

Em Seul, as autoridades económicas mantiveram reuniões de emergência e prometeram acções fortes e imediatas em caso de instabilidade dos mercados. O envolvimento do Banco Central reforçou as expectativas dos investidores sobre um corte nos juros, próxima semana.

A bolsa de Seul caiu, com o maior volume de venda de investidores estrangeiros em quase 20 meses, reflectindo também o agressivo abrandamento monetário japonês, que derrubou o iene.

“No passado, os mercados recuperavam rapidamente do impacto de qualquer evento relacionado à Coreia do Norte, mas as recentes ameaças da Coreia do Norte são muito mais fortes, e o impacto pode, portanto, não desaparecer rapidamente”, disse o vice-ministro de Finanças Choo Kyung-ho numa reunião.

A Coreia do Norte ameaça atacar bases militares dos EUA, inclusive no território continental do país, e fechar um complexo industrial mantido conjuntamente com o Sul.

Esta semana, os operários sul-coreanos já foram proibidos de entrar no pólo industrial de Kaesong, que fica um pouco ao norte da fronteira comum.

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