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Cooperação Moçambique e Qatar mais fortificada

As relações de cooperação no domínio empresarial entre Moçambique e Qatar vão conhecer outro dinamismo, na sequência da manifestação de interesse da parte deste país do Golfo Pérsico em investir nas diversas áreas de desenvolvimento em solo nacional.

O novo capítulo no domínio da cooperação foi revelado, segunda-feira, pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, no termo da visita de dois dias ao Qatar cujo objectivo era fortalecer as relações político-diplomáticas entre os dois países e no caso de Moçambique encontrar formas de atrair mais investimentos.

Segundo o estadista moçambicano, o primeiro objectivo foi concretizado com êxito, estando os dois países mais próximos um do outro. Em relação ao segundo, Guebuza disse haver um forte interesse da parte qatariana em investir no país.

Para o efeito, este rico Estado do Golfo vai enviar, a breve trecho, missões especializadas para tratar dos aspectos concretos e a partir daí estudar a possibilidade de começar a investir em Moçambique.

“Os empresários manifestaram interesse na área de produção de alimentos que a nós interessa bastante para podermos exportar parte dela para o Qatar”, disse o Presidente, apontando também a área do gás onde este país é especialista.

Aliás, o Qatar é também considerado a capital do gás e possui a maior refinaria do Golfo, propriedade da Qatar Petroleum. Este pais é também principal produtor mundial de gás natural liquefeito, com uma produção anual calculada em 77 milhões de toneladas, uma produção mundial recorde.

O turismo foi, segundo o Presidente, outra área de interesse para a atracção de investimentos. Todavia, Ele afirmou que apesar da forte vontade ainda não há nada de concreto em termos de montantes a investir porque eles precisam primeiro de conhecer melhor o país.

Além dos aspectos voltados à cooperação económica com o Qatar, traduzidos nos vários encontros que manteve com personalidades influentes como o Emir Hamad Bin Khallifa Al-Thani e outros membros do executivo, Guebuza reuniu-se com os pouco mais de 400 moçambicanos residentes neste país do Golfo.

Os concidadãos são, na sua maioria, familiares dos 99 moçambicanos, alguns engenheiros e outros operadores qualificados saídos da Mozal, que se desterraram até ao Golfo em busca de melhores condições de vida.

Contrariamente aos mineiros moçambicanos na África do Sul que são protegidos por lei na esteira dos acordos rubricados no período colonial, estes concidadãos aventuraram numa base pessoal e a sua saída não deixa de constituir um revés ao país ainda sedento de mão-de-obra qualificada para os desafios do mercado.

Aliás a sua saída abre portas para a contratação de mão-de-obra estrangeira situação contestada por vários segmentos da sociedade, por saberem que os moçambicanos são capazes e prova disso é o alto prestígio de que gozam no Qatar, e não só.

Armando Guebuza disse, diante desta realidade, que os cidadãos moçambicanos têm a liberdade de escolher onde é que querem trabalhar e o Estado não pode fechar as portas e até porque tem uma larga experiência da vizinha África do Sul, onde fazem coisas maravilhosas que podiam ate fazer no seu próprio país.

Segundo Guebuza, o que o Estado pode e vai fazer é criar condições para que mais moçambicanos qualificadas possam se empregar no seu próprio pais.

Com projectos como a Mozal e outros que estão a aparecer, eles terão espaço para trabalhar a nível interno, se assim o pretenderem, segundo disse o Estadista moçambicano.

Na visita ao Qatar, Guebuza efectuou uma digressão por vários empreendimentos de alto valor económico como é o caso da refinaria Ras Laffan, o Centro Universitário e de Desenvolvimento Social do Qatar, a Qatar Real Estate Investiment Company e o projecto Pérola de Doha.

Durante esta visita, Guebuza endereçou um convite ao Emir do Qatar para visitar Moçambique, pedido prontamente aceite.

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