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Continua trabalhoso conter a sinistralidade rodoviária, que numa semana deixou 24 óbitos em Moçambique

Vinte e quatro pessoas perderam a vida e 68 sofreram lesões, 28 das quais com gravidade, por conta de 27 acidentes de viação, na sua maioria do tipo atropelamento carro/peão, aliados à má travessia de transeuntes, ao excesso de velocidade e à condução em estado de embriaguez, em diferentes estradas do território moçambicano.

A tragédia foi registada entre 31 de Dezembro passado a 06 de Janeiro corrente, segundo o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Em igual período do ano passado houve 20 óbitos, 22 feridos graves e 31 ligeiros devido a 34 sinistros rodoviários, disse Inácio Dina, porta-voz daquela instituição do Estado.

Os persistentes altos índices de acidentes de viação no país sugerem, em parte, que as campanhas de sensibilização para conter as mortes e mutilações nas estradas estão longe de surtir os efeitos desejados.

Neste contexto, Inácio Dina disse que a Polícia “lamenta, profundamente”, as mortes e danos materiais resultantes desses acidentes. “O excesso de velocidade e a condução em estado de embriaguez” persistem, o que concorrem para “o derramamento de sangue e luto”.

“Queríamos chamar a atenção dos condutores em relação à sinistralidade rodoviária (…) O ser humano é que se faz à viatura e leva-a à estrada. Ele é que se faz também à estrada a pé, por isso, somos nós os humanos que devemos mudar de comportamento”, lembrou o agente da Lei e Ordem.

No que à fiscalização rodoviária diz respeito, o trabalho da Polícia de Trânsito (PT) incidiu sobre 44.790 viaturas, tendo os condutores de 11.200 delas sido multados por várias irregularidades.

Na mesma operação, a Polícia confiscou 350 cartas de condução porque os seus titulares se faziam ao volante sob o efeito de álcool. “Não há contemplações em relação à lei”, afirmou Inácio Dina, acrescentando que oito indivíduos foram também presos por condução ilegal.

Na cidade de Maputo e nas províncias de Tete, Manica e Cabo Delgado, outros seis cidadãos foram encarcerados por suborno a agentes da PT, com valores que variam de 10 dólares a 5.000 meticais. Dos visados, quatro são estrangeiros e dois moçambicanos.

“Mais uma vez, queríamos desencorajar essa propensão dos condutores em tentar subornar os agentes de trânsito”, anotou Dina, considerando que automobilistas com este tipo de conduta são os mesmos que originam o derramamento de sangue e luto nas estradas.

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