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Consumo excessivo de carvão vegetal ameaça extinguir a vegetação nativa

A Livaningo, uma Organização Não Governamental moçambicana indica, no seu estudo de avaliação das fontes de energia doméstica no Distrito Municipal KaMaxaquene, que o consumo excessivo da lenha e do carvão ameaça extinguir a vegetação nativa, o que poderá trazer consequências nefastas para o meio ambiente, para a economia e para a saúde dos consumidores.

O pesquisador Rui Mirira diz que o consumo do carvão e da lenha naquela região da capital moçambicana é exorbitante porque um agregado familiar chega a consumir anualmente mais de mil sacos de carvão, o que periga o ambiente e a saúde da população.

Rui Mirira sublinha que é preciso que a população use o gás e outras fontes de energia que podem reduzir em cerca de 40 porcento do consumo da lenha e do carvão, e, desta forma, evitar catástrofes ambientais e de saúde.

Para que esse desiderato se concretize é necessário que se remova o tabu que ainda persiste na população sobre as fontes de energias alternativas, que são vistas como uma ameaça para a vida.

Somente em 2011, as cidades de Maputo, Nampula e Beira consumiram oito milhões de sacos de carvão, disse Mirira. No Distrito Municipal KaMaxaquenea foi consumido, no ano passado, por agregado familiar, aproximadamente um milhão de sacos de carvão, contra mais de quatro milhões de toda a cidade de Maputo. Estes dados representas a destruição de 12.5 milhões de hectares de vegetação em todo o país.

Segundo o estudom, a queima de lenha emite dióxido de enxofre, monóxido de carbono, dióxido de nitrogénio, além de outros compostos que são os principais causadores de doenças respiratórias, para além de que pode sujeitar o indivíduo a doenças tais como glaucoma, carcinogênicas, uma vez que a exposição da fumaça equivale ao consumo de dois maços de cigarros diários.

A pesquisa revela ainda que o consumo médio da lenha e do carvão situa-se nos 0,2 a 0,6 toneladas per capita por ano, o que representa um consumo anual de pouco mais de 12 milhões de toneladas. E as indústrias locais são as que consomem mais as energias de biomassa em relação aos agregados familiares.

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