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Consumidores moçambicanos de drogas são de bairros suburbanos

A prevenção e o combate ao consumo e venda de drogas em Moçambique, trabalho que constitui um bico-de-obra para as autoridades policiais, tem como principal entrave o desconhecimento dos locais de origem e produção. E os consumidores e comerciantes são indivíduos com idades compreendidas entre 16 e 39 anos, solteiros e residentes nos bairros suburbanos do sul do país. Quem o diz é António Lourenço, da Academia de Ciências Policiais (ACIPOL).

Diariamente, a Polícia da República de Moçambique (PRM) desdobra-se em patrulhas, entre as quais relâmpagos que visam desactivar as chamadas “bocas do fumo”. Todavia, a fonte a que nos referimos considera que os relatórios policiais não apresentam dados sobre a origem e os locais de produção, consumo e venda de drogas, o que dificulta as acções de prevenção.

Como solução, António Lourenço, que dissertava sobre a “A Incidência de Consumo e Venda Ilícita de Drogas em Moçambique no II Semestre de 2015”, há dias, em Maputo, sugere a realização de “pesquisas comparativas sobre a incidência regional do consumo ilícito” de estupefacientes.

No período em análise, avança o orador, houve fragilidades propiciam a passagem de drogas para vários destinos através do Aeroporto Internacional de Maputo.

Mas o pior de tudo, ainda segundo o quadro da ACIPOL, é o défice de comunicação entre os funcionários da Migração e a Brigada da Polícia de Investigação Criminal (PIC). “Seria melhor que fossem conferidos mais poderes de decisão à Polícia perante as bagagens suspeitas e que as mesmas fossem escrutinadas logo à saída da aeronave”.

António Lourenço falava num seminário sobre “Dinâmicas Actuais da Criminalidade em Moçambique: Desafios para Prevenção e Combate”, pela ACIPOL e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na sua perspectiva, no bairro de Magoanine “C”, por exemplo, nota-se uma relação entre a malha urbana e criminalidade.

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