Até meados de 2012, Moçambique poderá conhecer os resultados do ensaio da vacina de prevenção e combate contra a malária em crianças menores de cinco anos de idade, segundo fonte do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM), instituição que lidera acções de pesquisa visando travar a ocorrência daquela enfermidade no país.
O produto foi aplicado em cerca de 1700 crianças residentes no distrito da Manhiça, província do Maputo, segundo Eusébio Macete, director do CISM, salientando que aquela iniciativa se insere no âmbito da implementação da terceira fase de investigação da vacina em curso desde 2009.
Falando ao Correio da manhã, Macete disse que o CISM faz parte de 11 instituições de investigação da vacina contra a malária em África, realçando que os esforços já desenvolvidos “espelham o grande interesse de Moçambique em apostar na investigação científica para prevenir a ocorrência daquela doença mortífera”.
A entrevista a Macete ocorreu esta quarta-feira em Maputo à margem da Segunda Reunião Anual da Rede Regional de Centros de Excelência que tem vindo a desenvolver ensaios clínicos em HIV, turberculose e malária na África Austral.
Para os próximos três anos, o Centro de Investigação em Saúde da Manhiça deverá beneficiar de um apoio financeiro de 200 mil dólares norte-americanos para o reforço de acções de formação de pesquisadores moçambicanos a ele afectos, segundo igualmente Eusébio Macete.
Refira-se que a malária é a principal causa de mortalidade em Moçambique, sendo responsável por cerca de 30% de óbitos e de 40% de consultas registadas nas unidades sanitárias do país.
