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Congresso da Renamo em Junho

O V Congresso da Renamo terá lugar em Junho próximo, segundo anunciou hoje, em Maputo, o porta-voz deste partido na oposição, Fernando Mazanga. O Congresso terá lugar de 1 a 3 de Junho próximo, na cidade de Nampula, Norte do pais, precisou a fonte.

Mazanga revelou, em conferencia de imprensa, que a convocação do evento foi antecedida pela criação do Gabinete Central de Preparação do Congresso pela Comissão Política Nacional da Renamo, com a tarefa principal de esboçar o Orçamento, traçar o perfil dos delegados e preparar acções e propostas políticas partidárias e sectoriais para o encontro.

Concluída a missão, o Gabinete de Preparação do Congresso submeteu-a a Comissão Politica Nacional da Renamo que deliberou positivamente, o que permitiu ao líder deste partido, Afonso Dhlakama, convocar o Congresso em comunicado enviado a todas as delegações provinciais, a 30 de Abril último.

A logística do Congresso daquele que é considerado o principal partido na oposição, que se realiza cerca de quatro meses antes das eleições gerais (legislativas e presidenciais) e as primeiras das Assembleias Provinciais em simultâneo, esta estimado em cerca de cinco milhões de Meticais (cerca de 190 mil dólares norte-americanos).

Paralelamente e também em comunicado de imprensa, a Renamo anunciou a realização, a partir desta semana, de conferencias distritais que, para além de debater os temas que congregam as políticas partidárias e sectoriais, vão eleger os delegados às Conferências Provinciais que, por sua vez, elegerão os 700 delegados ao Congresso.

Segundo o porta-voz da Renamo, o Congresso deverá eleger o Conselho Nacional do partido e o respectivo presidente. Ate agora, o único candidato ao cargo de presidente do partido é o actual líder, Afonso Dhlakama. Contudo, Mazanga assegurou haver espaço para outros membros se candidatarem, caso assim o desejem. Antes da sua expulsão da Renamo, o actual edil da Beira, Daviz Simango, que concorreu e ganhou como candidato independente nas ultimas eleições autárquicas, era tido como alternativa credível para ocupar o cargo.

O Congresso servirá também para desenhar as estratégias para fazer face aos três pleitos eleitorais, a terem lugar a 28 de Outubro próximo, assim como para traçar o perfil dos candidatos a deputados da Assembleia da República (o Parlamento moçambicano) e membros das Assembleias Provinciais. Segundo Mazanga, os deputados da Renamo “devem ser leais ao partido”. Embora haja evidencias de que grande parte dos actuais deputados da Renamo na Assembleia da República apoiam Simango e o seu partido recém-criado, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Mazanga insiste que 90 por cento deles são leais a Dhlakama, devendo ser seleccionados para concorrer a mais um mandato.

Mazanga explicou que o problema que se vive na Renamo é provocado por um pequeno grupo de indivíduos que tentam desestabilizar a bancada parlamentar desta forca politica. “Este é o Congresso da esperança para os militantes da Renamo e para os moçambicanos, em geral, que vem sendo vítimas do consumo de campanhas de desinformação veiculada por pessoas de má fé e saudosistas de regimes totalitários”, disse Mazanga.

O anterior Congresso da Renamo, o IV, realizou-se em 2001, também na cidade de Nampula. Os primeiros três terão, supostamente, tido lugar durante a guerra dos 16 anos, mas não há alguma indicação documental publica que confirme a realização destes eventos.

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