Mais de 150 mil pessoas já foram mortas em três anos de guerra civil na Síria, sendo pelo menos 50 mil civis, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, terça-feira (1).
O Observatório, que funciona na Grã-Bretanha e monitora a violência na Síria por meio de uma rede de activistas e fontes médicas e de segurança, diz que provavelmente o número real de mortos é bem superior à sua estimativa, podendo estar próximo de 220 mil.
As tentativas internacionais de mediação entre o regime de Bashar al Assad e os rebeldes sírios por enquanto fracassaram. Na semana passada, o enviado especial da ONU para o conflito, Lakhdar Brahimi, disse que dificilmente o diálogo será retomado em breve. As últimas cifras da ONU, divulgadas em Julho, estimavam em pelo menos 100 mil o número de mortos.
Em Janeiro, no entanto, a ONU disse que deixaria de atualizar o dado, porque as precárias condições no terreno inviabilizavam a produção de estimativas confiáveis. O Observatório disse ter registrado 150.344 mortes desde 18 de março de 2011, quando as forças de Assad dispararam pela primeira vez contra manifestantes que exigiam reformas.
Segundo o Observatório, quase 38 mil rebeldes foram mortos, incluindo combatentes da Frente Nusra, “filial” da Al Qaeda na Síria, e do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, uma facção dissidente, que agrupa muitos combatentes estrangeiros.
Mais de 58 mil combatentes pró-Assad também foram mortos no período, incluindo 364 filiados do grupo xiita libanês Hezbollah e 605 outros xiitas estrangeiros. Além das mortes, o Observatório disse que há 18 mil pessoas desaparecidas depois de serem detidas pelas forças de segurança, e que outras 8.000 foram sequestradas ou detidas por forças rebeldes.