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Comissão Eleitoral da Tailândia impede formação do novo governo

A Comissão Eleitoral da Tailândia suspendeu temporariamente a designação de 142 deputados, incluindo a candidata a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, o que impede a constituição do novo Parlamento, informou a imprensa local esta quarta-feira.

A comissão apresentou no final da noite da última terça-feira a lista dos parlamentares, da qual também excluiu o primeiro-ministro em fim de mandato, Abhisit Vejjajiva, e o porta-voz da Câmara Baixa, Chai Chidchob, entre outros políticos do governo e da oposição, por supostas irregularidades durante o pleito.

A líder do opositor Pheu Thai, Yingluck Shinawatra, disse que a decisão faz parte do “procedimento normal” e confia que a comissão demonstrará que nem ela nem seu partido cometeram fraudes eleitorais. “Acredito que a Comissão Eleitoral atuará com justiça para mim e para o Pheu Thai”, assinalou a candidata de 44 anos e irmã do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, exilado e foragido da Justiça por corrupção. Yingluck acrescentou que a comissão dispõe de um mês para investigar os casos, o tempo permitido por lei antes da formação do Parlamento após as eleições, que aconteceram em 3 de julho.

Após oito horas de deliberação, o organismo aprovou as cadeiras de 358 deputados, ou seja, 79,6% do Parlamento, abaixo dos 95% –475 dos 500 assentos– requeridos para poder constituir a Câmara. O primeiro-ministro em fim de mandato foi acusado de trocar presentes por votos na província de Samut Prakan, próxima de Bancoc. Já Yingluck foi absolvida de fraude eleitoral por cozinhar macarrão e distribui-lo aos eleitores durante a campanha eleitoral, mas ainda pesam sobre ela outras supostas irregularidades.

A maioria dos políticos atingidos pela decisão no Pheu Thai são membros da plataforma conhecida como os “camisas vermelhas”, enquanto também foram afetados membros do governante Partido Democrata e de outras formações menores.

O Pheu Thai (dos Tailandeses), que na semana passada anunciou a formação de uma coligação com outras quatro formações para governar a Tailândia, obteve a maioria absoluta ao ficar com 265 das 500 cadeiras que compõem o Parlamento. No entanto, o partido agora terá que esperar até que a Comissão Eleitoral decida se suspenderá ou não definitivamente os parlamentares para poder formar o novo Executivo.

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