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Combustível: situação com sinais de normalização

A crise de combustível que afecta, desde semana passada, a maioria das gasolineiras do país inteiro parece estar a mostrar sinais de normalização, uma vez que os vários postos de abastecimento de viaturas começam a melhorar a provisão dos derivados do petróleo. As várias estações de serviço espalhadas pelas artérias da cidade de Maputo, que desde a última semana se ressentiam de fortes restrições no fornecimento de combustíveis, estão agora a receber e vender tanto o gasóleo quanto a gasolina, embora em quantidades ainda inferiores para responder cabalmente a elevada demanda.

Na ronda efectuada pela reportagem da AIM, a fim de apurar o actual ponto de situação, foi possível constatar que a venda de combustível começa a ser feita com uma relativa normalidade. Porém, persistem fortes queixas com relação as quantidades fornecidas pelas entidades responsáveis pela actividade. A estação de serviço da “TOTAL” situada ao lado do Hotel Polana, na avenida Julius Nyerere, afirma ter recebido na tarde de hoje sete mil litros de diesel (gasóleo) e 15 mil da gasolina.

No entanto, segundo os homens de serviço, esta quantidade está abaixo do nível desejado porque, nesta altura de muita demanda, se até as 14 horas de quinta-feira não for feito um novo aprovisionamento a gasolineira vai, pura e simplesmente, interromper a actividade. “Hoje recebemos está quantidade que nos permitirá abastecer os carros que aqui vierem a procura de combustível, mas se não houver um aumento teremos de voltar a interromper a actividade”, disse um agente da gasolineira do Hotel Polana.

Contudo, sorte igual não teve a estação da “TOTAL” situada na avenida 25 de Setembro, onde os trabalhadores estão, desde semana passada, a apanhar raios solares porque nada têm a fazer no local de trabalho, dada a falta de combustível. Segundo os trabalhadores contactados no local, aquele posto de abastecimento de combustível não recebe os derivados do petróleo desde a altura em que a situação começou e, pouco ou nada sabem sobre o desfecho do actual cenário.

A bomba de gasolina da “Galp”, situada na rotunda da Praça da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), está agora a vender os combustíveis, mas afirma que a quantidade fornecida pelo camião cisterna não é suficiente para uma responder a elevada demanda.

As estações com uma sorte diferente são as pertencentes ao consórcio Petromoc-Sasol que, segundo os trabalhadores, têm estado a trabalhar normalmente, mesmo durante o período em que a crise de combustível atingiu o ponto mais alto.

O abrandamento da escassez dos combustíveis pode, em parte, ser resultado das intensas negociações que o governo moçambicano continua a encetar com as gasolineiras, para encontrar uma solução que satisfaça as partes, bem como o público consumidor dos derivados do petróleo.

Contudo, as gasolineiras, através da Associação Moçambicana das Empresas Petrolíferas (AMEPETROL), afirmam que só retomarão a actividade normal quando o executivo adoptar medidas de compensação dos preços dos combustíveis que não são reajustados desde Março último. O preço do barril de petróleo no mercado internacional é agora cotado a 68 dólares norte-americanos.

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