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Dívida externa de Moçambique é sustentável: Manuel Chang

O stock da dívida externa de Moçambique atingiu, em 2008, os níveis sustentáveis, anunciou, hoje, o Ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang. Com efeito, o stock da dívida externa do país passou de 4,7 biliões de dólares em 2005, para 3,6 biliões de dólares em 2008, representando uma redução de 1,1 bilião de dólares.

Chang, que falava na vila municipal da Namaacha, cerca de 75 quilómetros da cidade de Maputo, na abertura do IV Conselho Coordenador do Ministério das Finanças, explicou que a redução do stock da dívida para os níveis sustentáveis se deve, por um lado, ao bom desempenho macroeconómico e, por outro, aos sucessos alcançados no processo de negociação para o cancelamento e alívio da dívida junto dos credores multilaterais e bilaterais.

Segundo o Ministro, o serviço da dívida reduziu de 3,7 por cento das exportações em 2005, para dois por cento em 2008, índices que espelham a sua sustentabilidade. Porém, o stock da dívida interna registou um crescimento, ao passar de 5,7 biliões de meticais em 2005, para 7,4 biliões de meticais em 2008, como resultado do reforço da estabilidade do sistema financeiro nacional. Não obstante este crescimento, Chang vincou que a dívida interna também se situa “em níveis sustentáveis”.

Aliás, segundo o Ministro, foi em reconhecimento do progresso feito pelo Governo na gestão da sua política macroeconómica que Moçambique graduou-se, em Julho de 2007, do programa “Facilidades de Redução de Pobreza e Crescimento (PRGF), para o programa “Instrumento de Suporte a Políticas (PSI)”. Essa passagem “representou um importante ganho de relacionamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com os parceiros de cooperação”.

O IV Conselho Coordenador do Ministério das Finanças decorre sob lema “Finanças Públicas, Contribuindo para o Desenvolvimento sustentável do País” e termina na próxima Sexta-feira. Durante os trabalhos, os participantes analisarão, entre outros assuntos, o relatório das actividades desenvolvidas pela instituição durante os últimos cinco anos, tendo em atenção a crise financeira internacional, para além das linhas estratégicas das finanças Publicas para o período 2010/2020.

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