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Clima: Moçambique defende crescimento sustentável

O Governo moçambicano reiterou que irá participar na cimeira das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a acontecer em Dezembro próximo em Copenhaga, para defender o seu desejo de crescer, mas de forma sustentável.

A Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, disse esta sexta-feira, em Maputo, após a abertura de um encontro com as empresas com títulos de exploração de carvão mineral em Moçambique destinado a delinear a posição a ser defendida pelo país na cimeira da capital dinamarquesa, que “nós ainda estamos a preparar a nossa mensagem para Copenhaga, mas nós queremos crescer e crescer de forma sustentável”.

Esta é também a posição defendida pelos titulares de licenças de produção de carvão mineral no país, que esta Quintafeira formaram a sua agremiação designada “Associação Moçambicana para o Desenvolvimento do Carvão Mineral” (AMDC).

Falando à AIM, o director executivo da empresa australiana Riversdale Mining em Moçambique, Casimiro Francisco, disse que uma das mensagens desta associação visa manifestar o seu compromisso de utilizar tecnologias limpas de energia para promover e responder aos desafios do desenvolvimento sustentável. A AMDC foi constituída esta Quintafeira e um dos mais de 20 associados já está a produzir carvão mineral.

Outros dois ainda se encontram na fase de preparação da produção. Questionado sobre se esse compromisso está também a ser assumido pelas empresas já na fase de exploração de carvão mineral, Francisco respondeu que “não posso particularizar, mas um dos objectivos da nossa associação é apoiar todos os nossos associados para usarem tecnologias limpas na produção”. Segundo ele, esse apoio consiste na identificação das tecnologias de produção adequadas e facilitar o seu acesso aos associados.

A associação diz acreditar que Moçambique possui potencialidades para ser competitivo no mercado mundial do carvão, mas o seu aproveitamento passa pela criação de infra-estruturas e regime fiscal competitivo bem como pela utilização de mão-de-obra qualificada, eficiente e competitiva. Mas os problemas ambientais resultantes da actividade mineira não só dependem das políticas globais nessa área. O país possui uma série de recursos mineiras explorados de forma ilegal e danosa ao meio ambiente.

A Ministra dos Recursos Minerais disse, por outro lado, ser por essa razão que o Governo tem intensificado as actividades de fiscalização nos distritos. “Colocamos os técnicos nos distritos porque acreditamos que essa medida é importante para o combate ao garimpo”, disse a governante, apontando as províncias de Manica e Zambézia (Centro do país) bem como a de Cabo Delgado (Norte) como sendo os locais onde a situação de garimpo ilegal é mais critica.

O garimpo tem a ver com a existência de recursos mineiras altamente procurados no mercado. Assim, em Manica, o principal problema ambiental resulta da exploração artesanal e ilegal de ouro, enquanto que na Zambézia e Cabo Delgado (na zona de Nhamanumbire) a corrida é pelas gemas. Moçambique possui vários depósitos de carvão mineral, sendo que as exportações deste recurso irão rondar entre dois e seis milhões de toneladas por ano, a partir de 2011.

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