Os líderes da União Europeia (UE) não obtiveram um acordo na quinta-feira, em Bruxelas, sobre seu objectivo de anunciar uma ajuda imediata aos países pobres para enfrentar a mudança climática, já que vários Estados rejeitaram um compromisso com números concretos.
“Não teremos uma cifra esta noite”, anunciou a porta-voz da presidência sueca da UE, após um jantar que reuniu os chefes de Estado e de Governo e que foi dedicado às negociações sobre o clima, que ocorrem em Copenhague. O acordo empacou na decisão de Alemanha, França e Itália de não assumir um compromisso imediato com valores da ajuda, revelaram fontes diplomáticas.
A presidência sueca apostava em uma ajuda de 6 bilhões de euros (quase 9 bilhões de dólares) para o período 2010-2012, como parte de um plano mundial de 21 bilhões de euros para os países em desenvolvimento. Fontes comunitárias informaram que na noite de hoje havia um compromisso para uma ajuda de cerca de 4,5 bilhões de euros.
A princípio, os suecos prometem 765 milhões de euros durante os próximos três anos, os britânicos, 884 milhões, Dinamarca, 160 milhões, Bélgica, 150 milhões, e Finlândia, 100 milhões. A ajuda aos países pobres para o desenvolvimento de economias menos contaminantes e para a adaptação aos efeitos da mudança climática é um dos pontos fundamentais da conferência da ONU em Copenhague, que terminará no dia 17 de Dezembro. A intenção da UE é dar o primeiro passo com a esperança de que as outras potências, em especial os Estados Unidos, sigam seu exemplo.
Sem a ajuda às nações menos desenvolvidas dificilmente um acordo contra o aquecimento global será eficaz, e os países ricos foram convocados a assumir a responsabilidade por este auxílio imediato. No futuro, seria criado um fundo permanente com uma quantia bem maior, abastecido com recursos públicos e privados.
