Os subsídios aos alimentos e combustíveis anunciados pelo Governo para abafar os tumultos dos dias 1 e 2 de Setembro de 2010, em Moçambique, custaram ao erário público cerca de cinco biliões de meticais, o correspondente a 25% do Produto Interno Bruto (PIB).
Cerca de 2,9 mil milhões de meticais daquele valor, ou seja, 0,9% do PIB, foram para subsídios aos combustíveis e o restante montante para subsidiar pão e cereais, em medidas de emergência tomadas pelo Executivo para protecção das camadas da população moçambicana mais pobres que foram as mais atingidas pelo agravamento em cerca de 73% dos preços dos combustíveis, nos princípios de 2010.
Este aumento abriu campo para os preços dos cereais e pão também serem agravados no mercado doméstico, provocando manifestações populares violentas de 1 e 2 de Setembro passado.