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Cidadãos ganham a vida extraindo areia em Nampula

Cidadãos ganham a vida extraindo areia em Nampula

Na cidade de Nampula, a extracção de areia tem sido o pão de cada dia para alguns munícipes, facto que contribui para a erosão nos bairros suburbanos. Nesta época chuvosa, a venda daquele produto para a construção de habitações está a ganhar espaço.

Sempre que a cidade de Nampula regista queda de precipitação, a procura da areia para construção aumenta. Tal situação faz com que o número de indivíduos que enveredam por aquela prática cresça exponencialmente, com destaque para os menores de idade.

Segundo apurámos, na época chuvosa, os preços praticados são extremamente baixos pelo facto de existirem mais vendedores a abraçar aquela actividade. As valas de drenagem, os passeios, os riachos, entre outros, são os locais preferidos pelos exploradores.

A título de exemplo, o riacho que separa o bairro de Muatauanha e o de Muatala é um dos pontos que acolhe mais adolescentes em idade escolar. É na verdade a terra prometida dos petizes que escapam da custódia dos pais.

O @Verdade andou, em tempos, a visitar os principais pontos de extracção de areia na capital nortenha de Moçambique. Jaime Abdul, de 12 anos de idade, falou dos sucessos obtidos durante a actividade que desenvolve há sensivelmente cinco anos.

Quando chove, os bolsos de Abdul ficam cheios de dinheiro, mercê da venda de areia para a construção que extrai nas valas de drenagem do bairro de Muatala. Durante os primeiros dias do ano em curso, ele amealhou dois mil meticais.

Segundo Abdul, o único obstáculo que o negócio em alusão apresenta é o facto de ser obrigado a encarar a chuva para recolher areia. Ciente dos perigos que enfrenta, ele continua a empenhar- se arduamente naquela actividade.

“Ganho a vida na chuva através da extracção de areia nas valas de drenagem. Com o dinheiro, consigo sustentar-me e comprar roupa nova. É uma actividade que não gera riqueza, mas vale a pena apostar nela”, afirmou.

Durante a nossa ronda, conversámos, igualmente, com Joaquim Issufo, de 23 anos de idade. Ele é desempregado e decidiu enveredar na actividade de venda de areia.

Diferentemente de Abdul, Issufo presta serviços a um terceiro que fornece areia para construção em carradas. O seu patrão possui uma viatura que recolhe aquele recurso natural para os domicílios.

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