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Cidadã burlada dinheiro num alegado negócio de pedras preciosas

Uma cidadã que desenvolve actividade comercial de restauração na Cidade da Beira, cuja identidade solicitou omissão, afirmou ao nosso jornal ter sido burlada vinte mil meticais num alegado negocio de pedras preciosas.

O facto aconteceu na quarta-feira no seu restaurante localizado no prestigiado Bairro da Ponta-Gêa. Segundo contou, logo pela manhã do mesmo dia surgiu no seu restaurante um jovem solicitando que o ajudasse no negócio que renderia seis mil dólares. O jovem disse que conhecia alguém que possuia as pedras e um comprador interessado mas não tinha noção do valor de seis mil dólares pelo que precisaria de ajuda da senhora e em compensação entregaria a senhora cerca de mil dólares.

Atraída pela oferta a senhora aceitou longe de imaginar que estava a “cair” numa armadilha bem elaborada. De seguida o jovem simulou uma chamada para o suposto comprador que compareceu no local trajado a rigor e munido de uma mala no seu interior contendo vários envelopes que alegou possuírem muitos dólares. Depois de uma breve auto-apresentação a cidadã burlada começou a ficar mais convencida do negócio. Foi quando o jovem sugeriu a senhora que ficasse com o suposto pagador que se apresentava como verdadeiro magnata e ele se ausentaria por uns instantes alegando que ia ao encontro do possuidor das pedras algures na zona da Praia-Nova.

Pouco tempo depois voltou com ar de preocupação, alegando à senhora que o dono das pedras se recusara a deslocar-se ao local e a entregar o produto sem o pagamento de uma minima quantia de dez mil meticais, tendo solicitado o apoio da vitima em forma de empréstimo, sem incluir os mil dólares de compensação prometida. Uma vez já havia caído na armadilha, a cidadã de imediato solicitou serviços de um táxi para se deslocar a sua residência a fim de buscar a quantia que lhe fora solicitada. Imbuída de tanta emoção, quando chega a casa em vez de levar dez mil meticais entende que devia trazer consigo vinte mil meticais que despercebidamente acaba passando todo o valor ao burlador.

Foi daí que saíram juntos à Praia- Nova onde foram ao encontro do tal possuidor das pedras que aceitou entregar mediante o pagamento dos vinte mil meticais. Porque em jogo estava a sua importância, o burlador ainda preveniu a senhora entregando a guarda das supostas pedras. Quando retomaram ao restaurante depararam-se com a ausência do magnata que devia pagar os seis mil dólares. Mesmo assim a senhora não ficou desconfiada uma vez que o produto estava na sua posse. O burlador ainda usou o celular da senhora para efectuar chamada para o magnata comparecer no local que as pedras já estavam disponíveis.

O magnata alegou que havia saído por uns instantes para acertar outros negócios mas que retomaria pouco tempo depois. Permaneceram no local a senhora e o jovem burlador que foi entertendo a vitima contando histórias da vida. A senhora tendo uma missão a fazer em casa solicitou o jovem que ficasse a espera no restaurante, ainda concedeu o privilégio de ir consumindo o que lhe apetecesse, e assim que o pagador chegasse ao local devia dar um sinal e ela regressaria de imediato.

Porque achava que estava a tratar um negócio sigiloso e confiante que nada mais o jovem podia fazer porque as pedras estavam consigo, nem sequer teve o cuidado de prevenir os empregados sobre os movimentos do burlador, se não apenas ter os orientado para servir. Depois de consumir o que lhe apetecia o jovem alegou que ia adquirir um crédito, tendo se levantado e nunca mais voltou.

Quando a senhora retomouu ao restaurante e dando conta da demora do jovem foi quando despertou a consciência percebendo que havia sido burlada. Foi quando abriu o embrulho que continha as pedras e constatou que se tratava de pedaços de garafa de refrigerante da marca sprite. Encontramos ela deprimida e a lacrimejar. O pior dissenos que o dinheiro era do negócio do restaurante e não sabia como repor.

O pertence a filha que se encontra a viver no exterior, a quem mensalmente presta contas. E não sabe como vai justificar. Disse que não apresentou o caso a Polícia porque entende que o negócio a que se propunha realizar é ilícito. E associa a capacidade dos burladores a superstição, alegando que na sua vida é a primeira vez que cai naquele tipo de asneiras. É provável que seja uma rede bem estabelecida, pelo que se chama atenção à todos os munícipes para se precaverem.

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