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Chuvas matam, desalojam e isolam em Manica

Doze mortos, corte de comunicação entre várias comunidades, distritos e bairros, desabamento de um total de 50 casas e desalojamento de dezenas de famílias, é o balanço preliminar das chuvas intensas que se registam um pouco por toda a província de Manica, Centro de Moçambique.

O jornal ‘Noticias’ escreve hoje que para monitorar a situação, que tende a agravar-se, a Governadora de Manica, Ana Comoane, tem vindo a efectuar visitas aos locais e distritos afectados pelas enxurradas.

Estas enxurradas causaram danos, com particular atenção à ponte sobre o rio Nhancuarara, recentemente inaugurada pelo Primeiro-Ministro, Aires Ali, e que integra o lote de três infra-estruturas daquele tipo edificadas sobre os rios Lucite e Mussapa, cujas obras custaram mais de 600 milhões de meticais aos cofres do Estado (um dólar equivale a cerca de 32 meticais).

A ponte sobre Nhancuarara, segundo informações, está sendo ameaçada pela erosão que já está a atingir os solos nas zonas abruptas adjacentes à infra-estrutura.

Existem indicações de que a empresa empreiteira não tomou as devidas precauções para evitar situações desastrosas como as que presentemente ocorrem e que podem fragilizar a ponte sobre o rio Nhancuarara.

Antes de se deslocar a Manica, Comoane trabalhou na última Terça-feira no distrito de Tambara, onde visitou o rio Muira, de regime periódico, que neste momento isolou aquele distrito do resto da província, devido a subida do seu caudal.

A circulação de pessoas e bens para aquele distrito está interrompida, uma situação que já começou a afectar o abastecimento em víveres as populações residentes nas zonas sitiadas de Nhacolo, Nhacafula e Sabeta.

No último Sábado, Comoane trabalhou na cidade de Chimoio, capital provincial, onde visitou os bairros periféricos gravemente atingidos pelas enxurradas que deixaram um rasto devastador, sobretudo nos sectores habitacional e viário.

Estatísticas do município de Chimoio contabilizam a destruição de 50 casas, algumas de construção convencional, que cederam à erosão pluvial, à humidade e aos ventos fortes. Dezenas de famílias estão ao relento e o município garantiu que vai ressentá-las algures, em zonas seguras.

Assim, a edilidade deverá criar um centro temporário de acomodação e, em coordenação com o INGC, vai disponibilizar tendas e uma cesta básica para apoiar as famílias afectadas.

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