Vários produtos, sobretudo alimentares, escassearam nos mercados devido à chuva intensa que cai em Moçambique e nos países vizinhos e, por conseguinte, sofreram um agravamento de preço em Janeiro último.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), só no mês de Janeiro, o preço de alimentos, incluindo as bebidas não alcoólicas, registou um aumento de aproximadamente 1.02%.
Dados recolhidos em três cidades moçambicanas, Maputo, Beira e Nampula, que são representativos no país, refere o INE, apontam que o Índice de Preço no Consumidor (IPC) durante aquele mês foi de 1.35%.
Os produtos alimentares que mais contribuíram para essa inflação mensal foram o coco (30%), o óleo alimentar (3.7%), o peixe fresco congelado (2.2%), a batata reno (10.5%) e o milho em grão (11%).
Estes produtos, juntamente com as hortícolas, são os que geralmente sofrem agravamento de preço no período em referência devido à maior procura. Entretanto, este ano a chuva veio agravar a escassez dos mesmos.
A educação secundária particular, com 19.0%, e os telemóveis, com 10%, também tiveram uma significativa contribuição na subida de preço, principalmente na cidade de Nampula. No total registaram aproximadamente 0.88 percentuais.
A subida dos preços desses produtos em Janeiro do presente ano em comparação com os de igual período do ano passado, foi de 2.7%, cujo maior contributo é atribuído à educação, com cerca de 9.40%.
Relativamente à variação média de preço, em 2012 situou-se em 2.41%. As bebidas alcoólicas e o tabaco são os produtos que conheceram maiores variações, 5.27 e 3.88%, respectivamente.
No concernente às cidades, Beira foi a urbe teve uma inflação mensal mais alta, com 2.10%, seguida de Nampula, com 1.42%, e Maputo, com a mais baixa, 1.06%.
E em termos médios anuais, as cidades de Maputo, Beira e Nampula tiveram aumentos no nível geral de preços de 1.94, 2.88 e 2.90%, respectivamente.
O preço do carvão vegetal também aumentou. Na capital moçambicana, de acordo com o INE, o carvão pode ter sido substituído por lenha ou gás. Assim, no cálculo da inflação nacional, esta cidade contribui com cerca de 50% de peso, seguido por Nampula e na cauda está a cidade da Beira.