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“Chineses” dizimam tartarugas na costa moçambicana

Milhares de tartarugas são anualmente mortas e/ou roubadas, alegadamente, por operadores estrangeiros de origem “chinesa” que operam na costa moçambicana, segundo resultados de um estudo feito por uma equipa de investigadores da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

 

 

“Todos os anos, milhares de tartarugas são mortos pela indústria pesqueira, maioritariamente de origem chinesa”, realça Almeida Guissamulo, investigador de espécies marinhas da UEM, ajuntando que Moçambique corre “sérios” riscos de perder todas as cinco diferentes espécies de tartarugas, nomeadamente, tartaruga verde, pente, olivacea, cabeçuda e de couro, segundo igualmente Guissamulo, apontando a região da Bacia de Sofala como o local onde ocorre com maior frequência o abate ilegal daqueles animais.

Aquelas espécies estão em declínio acelerado devido à combinação de factores como abate e consumo indiscrimado, fraca capacidade de fiscalização e arrasto, de acordo ainda com aquele investigador, acrescentando que o seu abate acontece tanto no mar, como em terra durante a nidificação.

“Os seus ovos são também usados para consumo pela população”, enfatizou Guissamulo que falava esta segunda-feira, em Maputo, à imprensa à margem de um encontro sobre Conservação de Tartarugas Marinhas no Oceano Índico, evento que reúne especialistas de vários países da África Austral e Oriental.

O encontro termina esta terça-feira e estão a ser debatidos temas como a partilha de informação sobre investigação e conservação, harmonização de metodologias de trabalho a seguir com vista a evitar a extinção de tartarugas no Oceano Índico.

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