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Cheias em Namacurra e na Maganja da Costa

A bacia do rio Licungo, na província da Zambézia, Centro de Moçambique, tem registado uma subida acentuada do seu caudal, provocando cheias nos distritos de Namacurra e Maganja da Costa.

De acordo com Rute Nhamucho, da Direcção Nacional das Águas (DNA), encontram se na situação de cheias ou em risco as localidades de Nante-Sede, Alto Mutola, Moneia Malugune, Muoloa, Nomiua (Maganja da Costa) e Malei, Muebele e Furquia e Mbaua (Namacurra).

“A bacia do Licungo vem registando a subida do seu caudal desde domingo, tendo-se acentuado esta segunda-feira. O pico do caudal das águas supera os registos do ano 2000. Os níveis das águas, no Licungo, já atingem 8.15 metros, na estação local em Mocuba, contra 7,7 de 2000 e 2001 e 7,6 metros de 2013. ? Pode haver uma estabilização dos níveis nos próximos dois dias, mas poderão voltar a subir no terceiro dia porque ainda há uma previsão de chuvas para aquela região?”, afirmou Nhamucho, em conferência de imprensa em Maputo.

Segundo a fonte, existem algumas bacias que mesmo não estando em cheias, transportam um volume significativo de águas. É o caso da bacia do Púngoè que ainda tem volumes altos na localidade de Mafambisse, Búzi com volumes altos em Dombe, baixo Zambeze no geral e do rio Messalo, em Miangaleua e Nairote. ?Estas bacias hidrográficas não estão numa situação de cheias, mas estão com níveis acima de alerta. Continuamos a fazer o monitoramento e acreditamos que, nestas bacias, há-de haver uma estabilização, dado o abrandamento da precipitação?.

A fonte explicou que para a zona norte, sobretudo na bacia de Messalo e Lugenda, poderá continuar a tendência de subida dos níveis das águas, porque ainda há uma previsão de chuvas na região. Assim, a DNA apela às comunidades, em situação de risco, a se retirarem, imediatamente, das zonas em causa.

Por seu turno, a porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Rita Almeida, afirmou que estão em risco cerca de nove mil pessoas. ” ?Existem locais já seguros. O que estamos a fazer no terreno é informar as pessoas da aproximação do perigo. As pessoas estão se retirando, voluntariamente, para as zonas mais seguras”?, disse Rita Almeida.

Em 2013, o INGC reassentou vitimas das cheias nos distritos de Maganja da Costa e Namacurra. São esses mesmos locais que poderão acolher as famílias afectadas pelas presentes cheias. No que tange às embarcações, a fonte garantiu que existem quatro, no local, mas serão retiradas cinco que se encontram na bacia do Save para reforçar as operações no Licungo.

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