O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique (FADM), Paulino Macaringue, refuta a existência de um ambiente de tensão no seio das forças armadas, afirmando que se o mesmo existe, não é do seu conhecimento.
“Não tenho conhecimento dessa situação. As Forças Armadas estão empenhadas em fazer o seu trabalho por forma a garantir a tranquilidade dos moçambicanos e a integridade do pais.Moçambique está bem em termos de segurança, assim como a nível sócio-político e económico”, assegurou Macaringue, à margem da Quarta Sessão da Comissão Conjunta Permanente de Defesa e Segurança Moçambique-Zimbabwe, que decorre desde esta quarta-feira na capital do país, Maputo.
O encontro que junta peritos de Defesa e Segurança de Moçambique e Zimbabwe vai preparar a reunião dos ministros desta área a decorrer até amanhã, passando em revista a situação prevalecente nos dois países no domínio da defesa e segurança, bem como fortalecer, os laços de amizade, cooperação e boa vizinhança existente entre estes Estados.
Para o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique, esta constitui mais uma oportunidade para os dois países abordarem matérias de interesse mútuo que contribuam para uma melhor cooperação e colaboração entre, as instituições de defesa e segurança em prol da criação de um ambiente de paz e estabilidade, principais factores para promover o bem estar dos respectivos povos.
Macaringue classificou de normal a entrada massiva de cidadãos zimbabweanos no país, explicando que quando um país atravessa uma situação de crise quer financeira, política e ou de conflito, os seus cidadãos emigram à procura de melhores condições, e a atitude dos moçambicanos, deve ser de ajudálos, desde que respeitem as leis e situação tem que ser de solidariedade.
O Zimbabwe está a atravessar um momento delicado, embora neste momento esteja a registar melhorias, e estes nossos irmãos precisam de ajuda”, advertiu Macaringue. Por seu turno, Constantino Gouveia, Comandante das Forças de Defesa do Zimbabwe, reconheceu que o desafio do seu país continua a ser a recuperação económica. Disse que “os problemas económicos que o Zimbabwe atravessa fazem com que muitos compatriotas seus procurem fronteiras de outros países, e se envolvam em situações criminosas com destaque para o contrabando”. Assegurou que este comportamento não vai de acordo com as políticas interna e externa do Zimbabwe, e que as Forças de Defesa e Segurança irão fazer de tudo para que estas situações de violação de frontiras contrabandos entre outros crimes sejam combatidas. De fererir que o último encontro a este nível se realizou há dois anos em Harare, cidade capital Zimbabweana.