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Chávez pede unidade em carta a presidentes latino-americanos em Santiago

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, fez sentir, esta Segunda-feira (28), a sua presença num encontro de um grupo de países latino-americanos com uma carta cheia de referências literárias, em que apelou pela unidade regional.

A carta foi lida pelo vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para os líderes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), uma organização que ele ajudou a criar, que estão reunidos em Santiago, no Chile, desde Domingo.

“Desculpe, não posso participar deste evento em Santiago, no Chile, mas é do conhecimento de todos vocês que desde Dezembro do ano passado estou a lutar com a minha saúde novamente na Cuba revolucionária e irmã. Por isso, estas linhas são uma forma de me fazer estar presente”, disse Chávez na carta.

O presidente está em Havana desde meados de Dezembro, quando passou pela quarta cirurgia em 18 meses para um cancro e, de acordo com os relatórios oficiais, teve várias complicações pós-operatórias, entre as quais uma infecção e insuficiência respiratória.

A doença obrigou Chávez a adiar indefinidamente a sua posse para um novo mandato que estenderia a sua gestão a duas décadas, até 2019. Desde que ele viajou a Cuba, não foi visto ou ouvido em público.

“Coloco toda a minha convicção em reiterar ‘ou fazemos a única pátria grande ou não teremos pátria'”, disse Chávez na carta cheia de citações literárias que incluíam referências ao venezuelano libertador Simón Bolívar, ao escritor argentino Jorge Luis Borges e ao poeta chileno Pablo Neruda.

Chávez promoveu a criação da Celac como um contrapeso à Organização dos Estados Americanos (OEA), onde o seu arquiinimigo Estados Unidos tem forte influência.

“Desde aquele Dezembro de 2011, quando fundamos em Caracas a Celac, os acontecimentos mundiais não fizeram mais do que ratificar a extraordinária importância desse acontecimento para o futuro”, disse ele.

O Chile cederá a presidência temporária da comunidade para Cuba, que por décadas foi expulsa da OEA e a quem os Estados Unidos, que aplicam um embargo comercial à ilha desde Fevereiro de 1962 –recusam-se a permitir o regresso.

“É um acto de justiça depois de mais de 50 anos de resistência ao criminoso bloqueio imperial. América Latina e o Caribe estão a dizer aos Estados Unidos com uma só voz que todas as tentativas de isolar Cuba falharam e vão falhar”, disse o líder venezuelano.

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