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Chama da unidade deve inspirar mulher moçambicana – Guebuza

O Presidente Armando Guebuza defendeu que a chama da unidade, lançada na quarta-feira na vila sede do distrito de Nangade, província de Cabo-Delgado, Norte de Moçambique, deve iluminar a mulher para que ela possa trazer muitas mais das suas virtudes natas em prol do bem estar de toda a sociedade.

“Que a chama da unidade ilumine a mulher moçambicana para trazer muitas mais das suas virtudes natas para induzir mais mudanças na nossa sociedade”, disse Guebuza, falando na quarta-feira, em Nangade, num concorrido comício popular que orientou momentos antes de ele acender a chama da unidade, em pleno Sete de Abril, dia da Mulher moçambicana.

Esta é a terceira vez que Moçambique testemunha este evento, que desta feita coincidiu com o lançamento das celebrações dos 35 anos da independência nacional. A tocha deverá percorrer mais de três mil quilómetros, esperando-se que chegue na Praça da Independência, na cidade de Maputo, a 25 de Junho, dia em que, em 1975, Moçambique se tornou independente do colonialismo português.

Guebuza disse, por outro lado, que o lema “Mulher moçambicana Engajada na Luta Contra a Pobreza, Pela Igualdade de Direitos e Oportunidades para Todos”, escolhido para as celebrações do Sete de Abril, recorda como a emancipação da mulher moçambicana decorre no contexto da agenda nacional e em cada fase histórica. Assim, segundo o Presidente, a mulher moçambicana tomou parte activa na luta de libertação nacional, no contexto da qual ela e o homem foram-se libertando dos preconceitos que desfocavam as virtudes de uns e de outros e o potencial que tinham para se complementarem.

De acordo com Guebuza, foram muitos os locais onde essa interacção decorreu como é o caso das frentes de combate, produção agro-pecuária, zonas libertadas, entre outros. Guebuza indicou ainda que foi o processo de luta pela independência nacional que produziu comandantes e comissárias politicas da guerrilha, instrutoras dos centros de preparação político militar, professoras, enfermeiras, e dirigentes dos centros de produção.

Para Guebuza, não foi o prevalecente ambiente de respeito pela igualdade dos direitos e de oportunidades que em si levou a mulher a ocupar tais cargos e funções, mas sim a “sua auto-estima, bravura e capacidade de liderança, bem como a expectativa de que colocaria as suas qualidades natas para melhorar o desempenho do pais”.

O Presidente recordou que foram estes e outros atributos que levaram a criação, a Quatro de Marco de 1967, do destacamento Feminino e, em Marco de 1973, da Organização da Mulher moçambicana (OMM). Na agenda da luta contra a pobreza, a auto-estima, o espírito empreendedor e a capacidade de liderança da mulher são chamados, segundo Guebuza, para levala a explorar muito mais os seus direitos constitucionais. O estadista moçambicano destacou ainda o papel da mulher na sociedade, afirmando, por exemplo, que “cada enfermeira ou medica, professora, técnica ou engenheira, administradora, chefe do Posto ou de localidade, constituem referencia para a rapariga que esta ainda na escola”.

Tal referência, indicou o Presidente, pode ser um forte incentivo para a rapariga não desistir da escola porque assim pode sonhar ser o que outras mulheres o são. As celebrações do dia da mulher moçambicana marcam o ponto de partida das festividades dos 35 anos da independência que, por seu turno, se assinalam sob o lema “35 anos unidos na luta contra a pobreza: Três gerações, uma nação, um povo”.

Chama da unidade ja passou das maos de tres geracoes Momentos depois do acto solene do acender da chama pelo Presidente Armando Guebuza, este com a tocha acesa percorreu alguns metros e num sistema de estafeta transmitiu-a a representantes da geração 25 de Setembro, com destaque para os veteranos da luta armada de libertação nacional, nomeadamente Marcelino dos Santos e Alberto Chipande. Por seu lado, estes fizeram passar a tocha das mãos de representantes da geração Oito de Marco e estes para a geração ‘da viragem’, rumando, de seguida para o distrito de Palma, no Norte de Cabo Delgado.

“Este é o exemplo do que vai acontecer, no percurso de 70 dias. A chama passará das mãos de membros das três gerações. Esta é uma forma de sublinhar que somos todos parte do mesmo ideal”, disse o Presidente Guebuza. Esta é a terceira chama a percorrer o pais, tendo como ponto de partida o distrito de Nangade, próximo ao rio Rovuma.

A primeira foi em 1975, e a segunda em 2005, na celebração do 30/o aniversário da independência. A escolha deste local (Nangade) explica-se pelo seu valor histórico. Localizado na zona fronteiriça com a Tanzânia, Nangade constituía um dos pontos de entrada dos combatentes para o interior de Moçambique e da sua saída para a Tanzânia.

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