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Casos quentes não constam no informe da Procuradoria provincial da Zambézia

De facto muitas vezes quando a pessoa é arrogante, mesmo que esteja a efectuar um bom trabalho, este dito bom trabalho acaba não sendo visível. E aliás, por tanta arrogância, pode-se compreender que algo anda escondido ou mesmo pode-se concluir que por causa da tanta arrogância, então a incompetência também está lá dentro. Não é pela primeira vez que a Procuradora-Chefe na Zambézia, Angélica Napica, mostra este seu lado pessoal de não ser alguém com boas relações com a imprensa, pelo menos aquela que se considera independente.

Sempre que a imprensa está diante da Procuradora e quer saber algo sobre a província no que toca aos vários casos quer reportados pelos midias ou mesmo do conhecimento do público, a senhora Angélica Napica foge e mostra a sua verdadeira face.

Depois daquela em que ela própria fez refém fechando-se no gabinete de trabalho das 15horas ate um pouco para as 20horas, Angélica parece não ter tido lição e mudar de atitude. Pelos vistos, ainda vai levar muito tempo. E nesta segunda-feira, aquando da abertura do ano judicial na província da Zambézia, a Procuradora-Chefe, voltou a mostrar mesmo diante dos seus colegas e outros convidados que estiveram naquela sala que de ralações públicas não tem nada.

Como foi desta vez?

Começou assim, depois dos discursos e já com as pessoas saindo da sala principal para o local do lanche, a imprensa abordou a Procuradora para tecer alguns comentários em volta de alguns casos. Mas ela, apenas socorreu-se com as palavras do Procurador geral, Augusto Paulino, que só ela conhece. Na ocasião, Angélica pediu uma colega para interpretar as palavras de Augusto Paulino. Para quê não sabemos. Dai mesmo, a senhora não quis mais falar, alegando que tudo o que a imprensa precisa de saber está no relatório.

Mas que relatório? Um relatório em que as primeiras 4 páginas, num total de 12 páginas, apenas vem as saudações ao governador, juízes presentes, etc, só para mostrar ao estimado leitor.

Mas o que pretendíamos saber?

Há dois casos bastante badalados quer pela imprensa. Aliás, são casos de demónio público que já não fazem parte do segredo do estado. Estamos a falar do caso INAS e também do caso Momade Juízo, este último que ate teve um tratamento especial por parte do governador. Estes dois casos, estão na posse do ministério público, a não ser que também, como dizia o Governador da Zambézia, no acto da abertura do ano judicial, que há tantos casos cujos processos andam nas gavetas e os cidadãos quando perguntam, tem tido aquela reposta de sempre “venha amanhã”- estivemos a citar Itai Meque.

Nem estes e muito menos outros casos, a Procuradora Chefe não quis se pronunciar, pelomenos para dizer em que pé estão. E não só, também o caso BIM, sabe-se que foi o ministério Público que detêm os dossiers, mas a senhora Angélica Napica, faz de contas que não sabe. Ignorou totalmente a imprensa, não respondeu as questões colocadas, deu costas e dai foi comer, claro é assim, sempre que termina uma sessão.

As nossas inquietações

Como colaborar com um sistema como este que Angélica Napica montou em que ela não fala e muito menos autoriza falar? Como é possível uma Procuradora-chefe não ter humildade possível de dizer que sim ou não conheço este ou outro processo? Será que esta senhora Angélica Napica aprendeu alguma coisa sobre relações públicas? Onde é que Augusto Paulino foi buscar esta senhora?

Por favor ponham mão e ajudem a Procuradora a diminuir a sua arrogância porque só ela sairá a ganhar. Porque a continuar assim, pode-se recorrer a aquele provérbio “o que tem chifres, nunca se esconde”. Aguardemos.

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