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Caso de americanos detidos no Haiti se assemelha aos da Arca de Zoé no Chade

O caso dos dez americanos acusados de tentarem tirar 33 crianças do Haiti ilegalmente é semelhante ao dos 103 menores chadianos da Arca de Zoé – alardeiam altruísmo e compaixão, ignorando as regras internacionais de adopção.

“Não podem aproveitar assim de nossa desgraça”, lamentou domingo a ministra da Cultura e Comunicações do Haiti, Marie-Laurence Jocelyn Lassegue, um dia depois de ser conhecida a detenção de um grupo cristão que pretendia atravessar a fronteira para a República Dominicana com menores haitianos, com idades entre dois meses e 14 anos.

No dia 25 de outubro de 2007, seis integrantes da associação francesa Arca de Zoé foram detidos em Abeché, principal cidade do leste do Chade, quando tentavam embarcar, em um Boeing-757, 103 crianças, presumivelmente órfãs da região sudanesa de Darfur, envolvida numa guerra civil. Condenados dois meses mais tarde em Djamena a oito anos de trabalhos forçados, os seis foram repatriados para cumprir sua pena de prisão na França, recebendo, depois, no dia 31 de março de 2008, um indulto concedido pelo presidente chadiano Idriss Deby Itno.

Assim como os franceses que, no momento, asseguravam querer de boa fé “salvar” os órfãos de Darfur, os americanos capturados no Haiti afirmavam “querer ajudar os que não têm nenhum recurso”, segundo sua porta-voz, Laura Silsby, citada domingo por um jornal de Idaho, noroeste dos Estados Unidos. No site da associação, pode-se ler seu credo: “Salvar os órfãos abandonados nas ruas, hospitais e orfanatos em ruínas”. O grupo faz um convite a “rezas para que Deus continue a proporcionar os favores do governo da República Dominicana permitindo que levem a maior quantidade possível de órfãos”.

O grupo havia reservado 45 quartos de um hotel para utilizá-lo como abrigo provisório dos menores haitianos, segundo o site. Os dez cidadãos americanos permaneciam detidos neste domingo em Porto Príncipe, com dois presumíveis cúmplices haitianos. São acusados de violar a lei haitiana de imigração.

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