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“Caso Aeroportos”: Cumprida uma das etapas da instrução contraditória

 

Foi cumprida, na última segunda-feira, uma das etapas tidas como fundamentais da instrução contraditória do “caso Aeroportos de Moçambique”, aberta no dia 22 de Janeiro último pelo juiz Dimas Marrôa, da 10ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.

Tendo à cabeça o respectivo presidente do Conselho de Administração, Diodino Cambaza, e mais dois destacados quadros da administração, o processo conheceu ontem uma ligeira interrupção, depois de terem sido ouvidas várias pessoas, com o Ministério Público, por um lado, procurando provar alguns factos de cumplicidade do grupo no desfalque da empresa, e, por outro, a defesa a jogar tudo para procurar provar a inocência dos seus constituintes.

O Ministério Público juntou ao processo mais elementos que procuram sustentar a acusação deduzida sobre os arguidos, apresentando provas documentais, testemunhais e declarantes. Por seu turno, a defesa apresentou elementos que procuram contrariar a posição do MP.

Com 90 dias estabelecidos por lei, o processo foi interrompido ontem, devendo regressar em Março próximo, numa altura em que também se abre mais um ano judicial. Durante este período em que o juiz da causa estará de férias serão realizadas algumas diligências por ele requeridas. São factos a serem anexados ao processo para um melhor esclarecimento de algumas penumbras até aqui existentes.

Os arguidos encontram-se detidos na Cadeia Civil, por ordem da Procuradoria da República a nível da cidade de Maputo.

O grupo liderado pelo PCA dos Aeroportos de Moçambique, Diodino Cambaza, é acusado de ter delapidado recursos financeiros daquela empresa pública. Eles são acusados de se apoderarem de fundos da empresa para a aquisição de casas de luxo, algumas das quais fora do país, e para beneficiar filhos de alguns dirigentes; reabilitação de parte das suas residências pessoais, compra de viaturas, algumas das quais dadas como desaparecidas, aquisição de bens para apetrechamento de empreendimentos pertencentes a membros do Conselho de Administração, entre outras situações relacionadas com má gestão de fundos.

As primeiras denúncias de casos de corrupção foram tornadas públicas pelos trabalhadores, tendo para o efeito usado a Imprensa. Eles apontavam alegados favorecimentos a elementos ligados a outras entidades sob tutela do Ministério dos Transportes e Comunicações. Foi a partir daqui que o Gabinete Central de Combate à Corrupção, em parceria com a Inspecção-Geral de Finanças, se fez ao terreno para apurar a veracidade dos factos.

Ao concluir haver indícios de desfalque, a Procuradoria emitiu mandados de captura contra o PCA e dois elementos de direcção ligados à área financeira.
/Notícias

 

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