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Carteira de crédito em moeda estrangeira cai 8,4%

A carteira de crédito em moeda estrangeira registou um decrescimento na ordem de 8,4%, em 2011, devido à restrição regulamentar introduzida pelo Banco de Moçambique (BM) no seu aviso 5/ GGBM/2005.

A desaceleração começou a partir do segundo semestre de 2010, tendo em Agosto de 2011 atingido o valor mais baixo dos últimos quatro anos, segundo o relatório anual de 2011 do banco central moçambicano, sublinhando que a evolução do crédito em moeda estrangeira continua sendo fortemente condicionada à restrição regulamentar introduzida pelo Aviso 5/ GGBM/2005, de 20 de Maio, sobre provisões especiais para crédito em moeda estrangeira.

Por seu turno e embora tenha registado um crescimento em termos absolutos, o crédito em moeda nacional também mostrou no período em análise uma tendência de desaceleração da taxa de crescimento ao longo do tempo, de acordo ainda com o documento do BM, salientando que duas instituições bancárias moçambicanas com maior representatividade sistémica têm vindo a contribuir com maior peso para a evolução do crédito em moeda estrangeira, representando, no seu conjunto, um total de 76% do total do crédito em moeda estrangeira concedido pelo sistema.

Entretanto, as aplicações em instituições de crédito decresceram, igualmente, em 2011, em 22,5%, face a Dezembro de 2010, passando a representar um peso de 11,3% sobre o activo total, contra 16,4% registados em Dezembro de 2010.

A redução resultou principalmente do decréscimo das aplicações em instituições de crédito no estrangeiro que registaram uma queda de 40%.

A maior parte destas aplicações encontra-se sob a forma de depósitos a prazo em outras instituições de crédito no estrangeiro e, no geral, ao longo de 2011, apresentaram uma trajectória decrescente.

Depósitos

O relatório anual do BM indica, por outro lado, que os depósitos de clientes continuaram, em 2011, sendo o maior passivo no balanço das instituições de crédito e principal fonte de financiamento da actividade bancária, registando uma taxa de crescimento de 9% face a Dezembro de 2010.

Este aumento foi principalmente resultado da expansão da rede de agências que tem permitido às instituições alargarem a sua base de clientes e das campanhas publicitárias de captação de poupanças que algumas instituições têm empreendido no âmbito da conquista do mercado.

Os depósitos à ordem continuaram como principal componente dos depósitos e a sua evolução foi determinante para o crescimento dos depósitos totais que em Dezembro de 2011 representaram 64,3% do total dos depósitos, enquanto os depósitos a prazo representaram 34,9%, contra 35,7% em Dezembro de 2010, o que fez com que os depósitos com pré-aviso e outros depósitos continuassem com peso residual.

Quanto aos depósitos de residentes, o BM indica que os depósitos de particulares passaram a representar maior componente na estrutura dos depósitos em detrimento dos depósitos de empresas privadas.

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