Carne de furtiva na província nortenha moçambicana do Niassa vende-se nos mercados de Lichinga, a capital provincial, sobretudo no Central, além das zonas residenciais, sem nenhuma intervenção de quem de direito, nomeadamente fiscais de Florestas e Fauna Bravia, Polícia da República e de técnicos da Direcção Provincial da Saúde.
Segundo o jornal Diário de Moçambique, em Lichinga, os protagonistas da caça furtiva têm os seus colaboradores nos mercados daquela urbe e em áreas residenciais, os quais são responsáveis pela venda da carne resultante da caça furtiva ilegal.
A caça furtiva naquela parcela do país tem sido realizada na calada da noite e a carne transportada para a cidade de Lichinga.
Vezes sem conta, a carne comercializada tem sido imprópria para o consumo humano, provocando algumas doenças aos consumidores. Os furtivos preferem abater antílopes segundo informaram o jornal.
“Tem sido difícil encontrar carne de outros animais à venda por exemplo no mercado central, a não ser de javali e palapala” — contou o informador.
Numa ronda efectuada pelo Jornal no principal mercado de Lichinga, viu “in loco” uma considerável quantidade de carne de palapala a ser comercializada. O quilo, segundo apurou, custava 150 meticais (o dólar EUA vale cerca de 28 meticais), sendo comercializada por crianças de 12 a 15 anos de idade.
O repórter do Diário de Moçambique viu dois agentes da Polícia, comprando a carne resultante da caça ilegal, mas há quem diga também que fiscais dos Serviços de Florestas e Fauna Bravia figuram entre os compradores do produto de abate não autorizado de animais selvagens.
Entretanto, o jornal tentou sem sucessos ouvir os Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia.