A canadiana Alice Munro venceu o Prémio Nobel de Literatura, esta quinta-feira (10), pela sua narrativa afinada, que fez o comité responsável pela escolha apontá-la como a “mestre contemporânea dos contos”. “Alguns críticos consideram-na a Chekhov canadiana”, disse a Academia Sueca em comunicado no seu site na Internet, em que anuncia o prémio de 8 milhões de coroas suecas (1,25 milhão de dólares).
Alice Munro, de 82 anos, começou a escrever na adolescência. Ela é mais conhecida por seus contos e publicou diversas colectâneas durante anos. O trabalho da canadiana inclui “The View from Castle Rock” (a vista do castelo de pedra), de 2006, e “Felicidade Demais”, lançado três anos depois.
“Os seus textos com frequência destacam descrições do quotidiano, mas eventos decisivos, epifania de um tipo que ilumina a história ao redor e deixa questões existenciais surgirem como um lampejo de luz”, disse a academia.
Alice vive em Clinton, não muito longe de onde passou a infância no sudoeste de Ontário, no Canadá. Ela nasceu em 1931 em Wingham, no Canadá. Em 2009, Alice revelou ter sido submetida a uma cirurgia para colocação de um marcapasso e que havia se submetido a tratamento contra o cancro.
Ela é conhecida por ser avessa à publicidade e raramente concede entrevistas. O prémio de literatura é o quarto da lista de premiações criadas a partir do desejo expresso em testamento pelo inventor sueco da dinamite Alfred Nobel. A honraria foi concedida pela primeira vez em 1901.
