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Camponeses agastados com a oscilação do preço do algodão em Cuamba

Os camponeses do distrito de Cuamba, província nortenha de Niassa, estão agastados com a oscilação do preço do algodão, por comprometer os seus planos de produção e geração de rendimentos.

O problema foi apresentado, Sábado (30), ao Presidente moçambicano, Armando Guebuza, durante o comício popular por ele orientado na sede do Posto Administrativo de Etatara, última escala da presidência aberta e inclusiva a Niassa, iniciada na passada Terça-feira.

Augusto Saimone disse que muitos camponeses se sentiram animados a aumentar a produção, na presente campanha, na sequência do preço encorajador até então aplicado que era de 15 meticais (menos que um dólar americano) o quilograma do algodão caroço.

“Este ano o preço baixou para dez meticais e cinquenta centavos”, disse Saimone, visivelmente agastado com a descida acentuada do valor anterior. Por seu turno, Alberto Assumane também alinhou pelo mesmo diapasão, acrescentando que “muitos se endividaram para aumentar as áreas de cultivo. Mas agora o preço caiu, situação que compromete os reembolsos”.

Assumane, um líder tradicional de Etatara, reconheceu que quando a produção de qualquer que seja o produto aumenta, a tendência é do preço baixar, mas no caso vertente, muitos camponeses recorreram ao fundo dos sete milhões de meticais, o que lhes coloca em apuros por não poderem cumprir com o plano de reembolsos.

“Tudo indicava que o preço se manteria alto, o que nos moralizou a pedirmos financiamentos”, afirmou Assumane.

Quanto ao fundo dos sete milhões, os níveis de seu reembolso tem sido relativamente baixos, independentemente do fim para o qual o mesmo é aplicado.

Em conferência de imprensa que marcou o fim da visita a Niassa, Armando Guebuza apontou a necessidade de se continuar a explicar as pessoas de que o preço depende do mercado e que os meios de produção até aqui usados no país não ajudam a se definir o preço, senão aceitar-se os preços que são fixados pelo mercado internacional.

Segundo o estadista moçambicano, que Domingo inicia a presidência aberta e inclusiva a Cabo Delgado, uma outra saída para este problema passa pela industrialização do país, porque essa matéria-prima será absorvida pela indústria nacional.

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