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Campeonato do Mundo da África do Sul nota 10

Depois de terminada a 64ª partida do primeiro Campeonato do Mundo que foi disputado em África, a FIFA, numa conferência de imprensa em Johanesburgo, elogiou a África do Sul, o seu povo e o Governo em particular por haver dado e satisfeito todas as garantias necessárias para a organização do torneio.

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Joseph Blatter, o presidente da FIFA, agradeceu ao Comité Organizador Local, especialmente a Irvin Khoza e Danny Jordaan, presidente e CEO respectivamente, incluindo todos os seus trabalhadores, voluntários, funcionários de segurança e trabalhadores do sector de hospitalidade, afirmando que “eles foram óptimos”.

Blatter deu nota 9-10 à organização do torneio sul-africano e acrescentou: “só não dou nota 10 porque a perfeição não existe!” O líder do organismo máximo do futebol também elogiou o continente africano sublinhando que a FIFA está satisfeita e que ele, como presidente, está mais do que satisfeito.

Sobre os jogos de futebol, e falando como adepto, Blatter afirmou que assistiu a algumas partidas boas e outras nem tão boas, mas sempre interessantes. “O que aprendemos com este Mundial foi que não existem selecções pequenas, o futebol desenvolveu-se em todos os lugares, e aprendemos que o internacionalismo foi bom para algumas selecções e nem tão benéfico para outras. Foi positivo ver óptimas actuações de três das selecções mais jovens: Gana, Alemanha e Espanha, isso demonstra que os jovens atletas estão a progredir.”

O homem forte da FIFA tentou esquivar-se às questões relacionadas com a arbitragem, deixando isso para os especialistas, porém, e apesar de o órgão que controla os homens do apito haver decidido que este Mundial fosse disputado no sistema tradicional – por exemplo, sem a presença de dois árbitros nas grandes áreas, ou com recursos tecnológicos como a da linha de baliza – Blatter concorda em reabrir as discussões sobre o uso da tecnologia na próxima Reunião de Trabalho Anual da IFAB.

Ainda sobre a arbitragem, Joseph Blatter voltou a lamentar muito pelos erros evidentes dos juízes. “Entendo que as selecções estejam preocupadas e descontentes. Já me desculpei pessoalmente pelo que aconteceu tanto com a Inglaterra como com o México. Também entendo a crítica da imprensa, este é o trabalho dela. Ainda assim, não é o fim do mundo nem para a competição, nem para o futebol.”

O presidente da FIFA concluiu, sobre este tema, que o organismo irá tomar as medidas adequadas para evitar que estas situações aconteçam novamente, no entanto, não aceita que a integridade da competição e dos árbitros possa ser questionada. Também presentes no balanço do Mundial de 2010 estiveram o vice-presidente da FIFA e presidente do Comité Organizador da Copa do Mundo da FIFA, Issa Hayatou, o presidente do Comité Organizador Local da África do Sul 2010, Irvin Khoza, o CEO do Comité Organizador Local, Danny Jordaan, e o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke

. Issa Hayatou disse haver ficado muito impressionado com a disposição que os sul-africanos tiveram de mostrar ao mundo a sua nação, independentemente do status social. “Todos se mobilizaram para fazer deste evento um grande sucesso, mesmo quando a África do Sul foi eliminada do torneio.”

Para Irvin Khoza, o Mundial deixou-lhe grandes lembranças tendo destacado que “ver o arcebispo Desmond Tutu a dançar na partida de abertura foi uma das melhores, a última vez em que eu o havia visto a dançar tinha sido em 1994, na primeira vez em que votou”.

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Para Danny Jordaan a partida de abertura foi um momento incrível, “um sonho realizou-se no dia 11 de Junho, quero agradecer ao presidente Blatter por fazer o sonho tornar-se realidade, já que ele mostrou grande comprometimento, coragem e visão para trazer a Copa do Mundo da FIFA à África. A FIFA entendeu como bate o coração do nosso país.”

Falando sobre o legado do Mundial, Joseph Blatter afirmou que a base está criada e a Federação Sul-Africana de Futebol tem agora as ferramentas nas mãos e precisa de dar continuidade ao trabalho iniciado. “Como legado, ficará não apenas a infra-estrutura, mas a imensa popularidade que o futebol ganhou no país. O movimento Football for Hope também deixará um legado, oferecendo bases fundamentais na Saúde e na Educação. Existe ainda o programa 1GOAL – Educação para Todos, cujo objectivo é levar Educação e Saúde para o continente africano por meio do futebol.”

Segundo o presidente da FIFA , este Mundial só foi possível realizar graças ao sonho e vontade de um Homem que hoje tem 92 anos e que sofreu muito, esse Homem, quando saiu da prisão, falou de paz e compreensão. “Encontrei-o pela primeira vez em 1992 e ele tinha um sonho: trazer o Campeonato do Mundo para este país, e o sonho tornou-se realidade em Maio de 2004. Ele queria assistir ao torneio, e ontem à noite (domingo 11 de Julho) pôde fazê-lo. Por isso, preciso de homenagear o maior humanista vivo: Nelson Madiba Mandela.”

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