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Campanha eleitoral/ Frelimo investiga incidentes de Chokwe

O partido Frelimo está a investigar o alegado envolvimento de seus membros nas actos de violência ocorridos sábado, no distrito de Chókwè, província meridional de Gaza, em que alguns simpatizantes do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), partido da oposição, ficaram feridos, alguns com gravidade.

Segundo o Conselho de Direcção do MDM, a violência iniciou por volta das 19 horas de sábado (horas antes do arranque oficial da campanha), quando um grupo de jovens simpatizantes da Frelimo se dirigiu ao escritório desta nova formação política, no bairro “Dois”, arredores de Chókwè, e retirou a respectiva bandeira. O mesmo grupo regressou ao local por volta das duas horas da madrugada de domingo, duas horas após o início oficial da campanha eleitoral, transportado em duas viaturas em que supostamente estavam içadas bandeiras da Frelimo.

Ismael Mussá, membro do Conselho de Direcção do MDM, disse que tais jovens, além de partir os vidros do edifício, saquearam material de campanha e outros bens desta formação política. Reagindo ao incidente, Edson Macuácua, porta-voz da Frelimo e Secretário do Partido para Mobilização e Propaganda, disse, na segunda-feira, em Maputo, na conferência de imprensa destinada a apresentar o balanço do arranque da campanha eleitoral, estarem já em curso investigações para apurar a veracidade de toda a informação referente ao episódio de Chókwè.

“A Frelimo já está a investigar o incidente sucedido em Chókwè para apurar se as pessoas envolvidas são mesmo seus membros e caso fique provado serão tomadas medidas apropriadas”, disse Macuácua, renovando o apelo de boas práticas de cidadania, porque a campanha foi e deve ser momento de festa. “Apelamos a todos os cidadãos para que continuem a participar na campanha eleitoral de forma ordeira, respeitando os valores da conveniência democrática e harmoniosa, assente no princípio da unidade na diversidade”, reiterou o porta-voz.

Macuácua disse, por outro lado, que qualquer militante da Frelimo que praticar actos de violência não só atenta contra a ordem que deve marcar o período de campanha, mas a favorecer o adversário que, na sua óptica, se faz passar por vítima como estratégia para manipular os menos atentos. Contudo, Edson Macuácua faz um balanço positivo do arranque da campanha eleitoral da Frelimo que, segundo afirma, foi pacífica e ordeira.

“No primeiro dia da campanha eleitoral conseguimos abordar cerca de 100 por cento do universo eleitoral planificado para o primeiro dia, através dos comícios, contactos porta-a-porta, inter-pessoais e contactos virtuais”, disse. O número de potenciais eleitores que no escrutínio de 28 de Outubro próximo vão depositar o seu voto em todo o país é calculado em pouco mais de nove milhões de cidadãos, dos pouco mais de 20 milhões de habitantes do pais.

O arranque da campanha da Frelimo, segundo a Macuácua, teve três momentos marcantes cujo primeiro consistiu na divulgação das realizações da Frelimo no âmbito do cumprimento das promessas feitas nas eleições de 2004. No segundo momento, os militantes no terreno articularam a visão e missão consubstanciadas no manifesto eleitoral e do compromisso do candidato presidencial Armando Guebuza.

O terceiro momento foi marcado pela divulgação do perfil e a obra do seu candidato e a educação cívica do eleitorado para o exercício correcto do acto de votação.

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