A campanha de desparasitação contra a bilharziose está a ser caracterizada por agitação e paralisação das aulas em algumas escolas da cidade de Quelimane, na província da Zambézia, no centro de Moçambique.
Esta situação verifica-se desde o passado dia 27 de Setembro, data do arranque da campanha, depois de alguns alunos terem ficado com tonturas e vomitado depois da administração do medicamento, em consequência dos efeitos colaterais dos mesmos.
Face a este cenário, grande parte dos alunos, supostamente aconselhados pelos pais ou encarregados de educação, decidiu recusar a administração dos medicamentos, optando por abandonar os recintos escolares.
Um caso reportado pela Rádio Moçambique, ocorreu na última quarta-feira, quando uma brigada da saúde escalou a Escola Comunitária Mártires de Inhassunge e os alunos fugiram do recinto, abandonando as aulas. O director daquele estabelecimento escolar, Leonardo Assane, disse àquela estação pública de radiodifusão que as aulas foram ministradas a meio gás naquele dia e muitas turmas ficaram quase desertas.
A campanha inicialmente prevista para terminar na sexta-feira passada foi prorrogada para mais uma semana na cidade de Quelimane, com intenção de atingir os alunos que ainda não tomaram os comprimidos.